Filogenia e revisão taxonômica de Chamaecrista sect. Absus subsect. Absus ser. Paniculatae (Benth) H.S. Irwin & Barneby (leguminosae, caesalpinioideae)

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Data

2018-04-25

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Universidade Federal de Goiás

Resumo

Filogenia e Revisão Taxonômica de Chamaecrista sect. Absus subsect. Absus ser. Paniculatae (Benth) H.S. Irwin & Barneby (Leguminosae, Caesalpinioideae). Leguminosae com cerca de 751 gêneros e 19.500 espécies, principalmente tropicais, é a terceira maior família de Angiospermas e a mais numerosa da flora brasileira com 770 gêneros e 2756 espécies. Caesalpinioideae, uma de suas seis subfamílias, compreende 4.400 espécies e 148 gêneros, entre os quais se destaca Chamaecrista Moench como o segundo maior deles, depois de Mimosa L., com 330 espécies, 266 e 260 delas presentes nas Américas e no Brasil, respectivamente. Este gênero compreende seis seções, sendo Absus a mais diversa, com cerca de 180 espécies alocadas nas subseções Absus, Adenophyllum, Baseophyllum e Otophyllum. A subseção Absus engloba 31 séries, entre as quais, Paniculatae, que é reconhecida principalmente pelas folhas com 2–11 pares de folíolos, grandes (1,5–9,3 × 1,2–9,5 cm compr.), divaricados e coriáceos com nervuras secundárias e terciárias proeminentes em ambas as faces, por seus ramos jovens, eixos da inflorescência, face externa do cálice e, ou frutos viscosos, além de flores assimétricas com distintos padrões de assimetria e arranjadas usualmente em panículas. Esta série possui seis espécies (12 táxons), algumas das quais polimórficas, com variedades, problemas de tipificação e escassamente ilustradas, além de pouco conhecidas quanto a distribuição geográfica e status de conservação. São apresentados um estudo filogenético e a revisão taxonômica de Chamaecrista ser. Paniculatae. Como resultados desses estudos essa dissertação segue estruturada em quatro capítulos. O primeiro trata da reconstrução filogenética da série baseada nas regiões trnL-F (cpDNA) e ITS (nrDNA) por meio dos métodos de Máxima Parcimônia e Inferência Bayesiana. Recuperamos Paniculatae como parafilética, mas a sugerimos como um táxon monofilético “Clado Paniculatae”, que compreende 14 espécies, com a exclusão de C. lundii e a inclusão de C. crenulata em seu conceito. Este artigo apresenta também: a) datação molecular da série que aponta para a mesma uma origem por volta de 4,1, milhões de anos e três subclados (1,2 e 3) geografica e geneticamente estruturados e com morfologias peculiares, b) a posição filogenética dela em Chamaecrista, e c) suas relações morfológicas e biogeográficas com congêneres, além de suas prováveis sinapomorfias, que são, as folhas com folíolos divaricados, a inflorescência do tipo panícula e as flores com a pétala posterior semelhante a um estandarte. O segundo artigo trata da revisão taxonômica de Paniculatae que com a sua nova circunscrição, passa a compreender 14 espécies, as quais seguem descritas, contrastadas por meio de uma chave, comentadas e mapeadas quanto as suas distribuições geográficas, ambientes preferenciais, status de conservação, relações morfológicas, períodos de floração e frutificação, além de ilustradas e fotografadas em seus principais caracteres diagnósticos. Neste manuscrito, apresentamos ainda sete lectotipificações e duas espécies novas, C. tocantinensis Mendes & M.J. Silva e Chamaecrista sp., a primeira já publicada. O terceiro e quarto capítulos tratam da descrição de duas novas espécies, uma das quais (C. tocantinensis Mendes & M.J. Silva) já publicada, e a outra a ser enviada a publicação. Ambos os artigos seguem escritos nos moldes formais para artigos de sua natureza, porém o quarto consta ainda de fotografias e de uma chave de identificação das espécies do gênero até então citadas para o estado de Tocantins, incluindo, 10 novos registros.

Descrição

Citação

MENDES, T. P. Filogenia e revisão taxonômica de Chamaecrista sect. Absus subsect. Absus ser. Paniculatae (Benth) H.S. Irwin & Barneby (leguminosae, caesalpinioideae). 2018. 186 f. Dissertação (Mestrado em Biodiversidade Vegetal) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2018.