Metamorfoses ou alomorfias agrárias? Transformações socioespaciais na incorporação de agricultores familiares ao sistema produtivo-comercial da soja no sudeste Goiano

dc.contributor.advisor1Oliveira, Adriano Rodrigues de
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/1909084450648691pt_BR
dc.contributor.referee1Oliveira, Adriano Rodrigues de
dc.contributor.referee2Castilho, Denis
dc.contributor.referee3Salazar, Vera Lúcia
dc.contributor.referee4Mendonça, Marcelo Rodrigues
dc.contributor.referee5Ribeiro, Dinalva Donizete
dc.creatorSouza, Rodrigo Gonçalves de
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/4040290819979697pt_BR
dc.date.accessioned2021-09-30T13:41:41Z
dc.date.available2021-09-30T13:41:41Z
dc.date.issued2021-08-20
dc.description.abstractIncorporations of family farmers into commodity markets take place in different contexts. The spatialization of soybean economics in the planning region of “Sudeste Goiano” involves family farmers - including tenants or landlords, settled by agrarian reform. It was sought to understand whether, among the subsequent socio-spatial transformations, there are pressures to configure a more entrepreneurial expression of agriculture on family-scale properties. It was assessed whether it tends to increase risk and vulnerability in the medium / long term. The frame of reference for the approach was Critical Realism, using categories of Space (spatiality) and Place (“placiality”), undertaking an explanatory research with convergent design. Through semi-structured scripts, agents of public management, technical assistance entities (03), representatives of agro-industrial companies that contract with family farmers (03), a cooperative, family farmers who converted to the soybean production system (18) and copies of “medium producers” (03), family farmers who converted to the soybean business (18) and exemplary of “medium producers” (02) were interviewed. The literature on the characterization of family farming and its different expressions was explored, discussing the representations of perspectives regarding the relations of social subjects with the dynamics of the capitalist economy. In the research universe, the work relations in the productive units, the forms of administration and production-management of these units and their relationship with the economy, with the community environment, with the social environment and its institutionalities were analyzed. The reconfigurations of the degree of specialization in the production units, the degree of integration into the market and the broader socioeconomic structure were also examined. Although not a single factor, the “Selo Combustível Social” was important to stimulate the incorporation of family farmers into the soybean productive-commercial system. Its structure, even easing market pressures outside its scope, tends to favor productive units in better conditions to intensify monoculture productivity, to measure relative gains in scale and to obtain learning savings. Companies are interested in acquiring the just level required by the legal quota with a smaller number of suppliers, but that achieve the highest productivity. They are strategically disposed in spatiality to manage influential relationships on farmers, to monitor their procedures and to manage the flow of purchases and stocks in order to adjust with their business plans. The investigation showed that increases in revenue, guaranteed flow of production, less demand from workers and less labor stress emerged as the main reasons for adhering to soybean. This phenomenon was synchronous with changes in demographic and socio-community structures and with the expansion of the monetization of families' needs, integrating a worldwide spatial dimension in the agenda of its socioeconomic programs and in living in “placiality”. The soy system pulls aside to the farmer the possibility of increasing his economic endowments and capitalizing his assets; however, it provides success to a restricted number of participants. It requires a provision of working capital to settle cash flows, a necessary condition for investing and defraying production cycles. It implies operational risks and financial risks. Setbacks can lead to costly liabilities transmitted in the productive-commercial cycle. Downstream and upstream, the market is oligopolistic; in the competitive sphere of production, family farmers have comparatively lower allocations, making financing conditions more difficult. The perception of high revenues does not always mean profitability and encourages more financial risks to be assumed. There is constant pressure to increase productivity, with the ability to manage stocks making a difference and, at least, a minimum production stability. The degree of primordiality of instrumental rationality in social action is deepened, tensioning with material rationalities and with respective adaptive strategies for the horizon of social reproduction in space. The resilience of these rationalities suffers a disruptive tension.eng
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dc.description.resumoIncorporações de agricultores familiares em mercados de commodities transcorrem em contextos diversos. A espacialização da sojicultura na região de planejamento do Sudeste Goiano envolve agricultores familiares - incluindo locatários ou locadores de terras, assentados de reforma agrária. Buscou-se compreender se, dentre as transformações socioespaciais subsequentes, há pressões para configurar uma agricultura de expressão mais empresarial em propriedades de escala familiar. Avaliou-se se tende a um aumento de risco e vulnerabilização no médio/longo prazo. O quadro de referência para a abordagem foi o Realismo Crítico, empregando-se categorias epistemológicas de Espaço (espacialidade) e Lugar (“lugaridade”). Foi empreendida uma pesquisa explicativa com observação direta intensiva sistemática e delineamento convergente. Através de roteiros semiestruturados, entrevistou-se agentes da gestão pública, entidades de assistência técnica (03), representantes de empresas agroindustriais que contratam de agricultores familiares (03), uma cooperativa, agricultores familiares que fizeram a conversão para o sistema produtivo da sojicultura (18) e exemplares de “médios produtores” (02). Se explorou a literatura sobre a caracterização da agricultura familiar e suas diferentes expressões, discutindo-se as representações das perspectivas quanto as relações dos sujeitos sociais com a dinâmica da economia capitalista. Foram analisadas, no universo da pesquisa, as relações de trabalho nas unidades produtivas, as formas de gestão e manejo destas unidades e sua relação com a economia, com o ambiente comunitário, com o meio social e suas institucionalidades. Se examinou também as reconfigurações do grau de especialização nas unidades produtivas, do grau de integração ao mercado e à estrutura socioeconômica de maior amplitude. Embora não sendo fator único, o Selo Combustível Social foi importante para fomentar a incorporação de agricultores familiares ao sistema produtivo-comercial da soja. Sua estrutura, mesmo abrandando pressões do mercado fora de seu âmbito, tende a favorecer unidades produtivas em melhores condições de intensificar a produtividade da monocultura, aferir relativos ganhos de escala e obter economias de aprendizagem. Às empresas interessa adquirir o nível exigido pela cota legal com menor número de fornecedores, mas que obtenham maior produtividade. Elas dispõem-se estrategicamente na espacialidade para gerir relações de influência sobre agricultores, monitorar seus procedimentos e administrar o fluxo de compras e estoques de modo a ajustar com seus planos de negócios. A investigação manifestou que incrementos de receitas, garantia de escoamento, menor exigência de trabalhadores e menor desgaste laboral despontaram como principais motivos para a adesão à sojicultura. Este fenômeno foi sincrônico com mudanças em estruturas demográficas e sociocomunitárias e com a ampliação da monetarização das necessidades das famílias, integrando uma dimensão espacial mundializada na agenda das suas programações socioeconômicas e na vivência na “lugaridade”. O sistema da soja descortina para o agricultor a possibilidade de aumentar suas dotações econômicas e capitalizar seus ativos; porém, faculta o sucesso a um contingente restrito de participantes. Ele requer uma provisão de capital de giro para saldar os fluxos de caixa, condição necessária para investir e custear os ciclos produtivos. Implica em riscos operacionais e riscos financeiros. Contratempos podem acarretar passivos onerosos transmitidos no ciclo produtivo-comercial. À jusante e à montante o mercado é oligopolista; já na esfera concorrencial da produção, agricultores familiares possuem, comparativamente, menores dotações, dificultando as condições de financiamento. A percepção de alta nas receitas nem sempre significa rentabilidade e estimula a se assumir mais riscos financeiros. Há uma pressão constante por incrementar a produtividade, fazendo diferença a capacidade de gerir estoques e, minimamente, a estabilidade produtiva. Se aprofunda o grau de primordialidade da racionalidade instrumental na ação social, tensionando com racionalidades materiais e com respectivas estratégias adaptativas para o horizonte da reprodução social no espaço. A resiliência destas racionalidades sofre uma tensão disruptiva.pt_BR
dc.identifier.citationSOUZA, R. G. Metamorfoses ou alomorfias agrárias? Transformações socioespaciais na incorporação de agricultores familiares ao sistema produtivo-comercial da soja no sudeste Goiano. 2021. 389 f. Tese (Doutorado em Geografia) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2021.pt_BR
dc.identifier.urihttp://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/11664
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Goiáspt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentInstituto de Estudos Socioambientais - IESA (RG)pt_BR
dc.publisher.initialsUFGpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-graduação em Geografia (IESA)pt_BR
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/*
dc.subjectCampesinidadepor
dc.subjectRacionalidadepor
dc.subjectRealismo críticopor
dc.subjectCadeia mercantilpor
dc.subjectTeia geoeconômicapor
dc.subjectPeasantinityeng
dc.subjectCritical realismeng
dc.subjectRationalityeng
dc.subjectCommodity chaineng
dc.subjectGeoeconomic webeng
dc.subject.cnpqCIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIApt_BR
dc.titleMetamorfoses ou alomorfias agrárias? Transformações socioespaciais na incorporação de agricultores familiares ao sistema produtivo-comercial da soja no sudeste Goianopt_BR
dc.title.alternativeMetamorphoses or agrarian allomorphies? Socio-spatial transformations in the incorporation of family farmers into the soy production-commercial system in southeast Goiáseng
dc.typeTesept_BR

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