O que os olhos não veem a linguagem esclarece: contribuição da mediação semiótica à elaboração do raciocínio geográfico pelo aluno com cegueira congênita

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dc.contributor.advisor-co1Souza, Vanilton Camilo de
dc.contributor.advisor-co1Latteshttp://lattes.cnpq.br/1374656969635983eng
dc.contributor.advisor1Bueno, Miriam Aparecida
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/9765282563578698eng
dc.contributor.referee1Bueno, Miriam Aparecida
dc.contributor.referee2Sena, Carla Cristina Reinaldo Gimenes de
dc.contributor.referee3Richter, Denis
dc.contributor.referee4Cavalcanti, Lana de Souza
dc.contributor.referee5Silva, Leosmar Aparecido da
dc.creatorSilva, Flávia Gabriela Domingos
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/0936532573252471eng
dc.date.accessioned2019-05-23T13:55:05Z
dc.date.issued2019-03-21
dc.description.abstractThe geographic space is a social construction and its (re)production movement involves different dimensions (economic, political, cultural, environmental, etc.). Although the subjects participate in this process, understanding it is not an automatic and simple activity, demanding the mobilization of reasoning and thoughts truly geographic. When pondering the cognitive activities elaborated in/by Geography, it is necessary to investigate which sign systems enable such elaborations, that is, which semiotic mediations involved in the development of thoughts and geographic reasonings. Highlighting these latter, besides the mediator languages, they also include in their compositions the theoretical-methodological construct of Geography, knowledge of correlated sciences, everyday knowledge and the spatial thinking. It is known that the visual informations are very relevant for the analysis and geographical understandings, being the vision the most used perceptual system. Therefore, it is necessary to investigate the elaboration of geographic reasoning by students with congenital blindness, as well as ways of mediating, in a didactic way, such elaborations. This proposition is justified because although blindness restricts, considerably, perception, understanding and spatial appropriation, what Vygotsky (1997) calls spatial impotence, does not preclude the cognitive development of subjects who have their higher psychological functions preserved. In this context, the general objective of this thesis is to analyze the process of elaboration of geographical reasoning by the student with congenital blindness, starting from the articulation between dimensions of the concept of place, mediated semiotically, and spatial thinking, all of which are within the scope of didactic mediation. The place as one of the key concepts of Geography conjugate the materials, affectives and multiple scales dimensions, from which we argue that this concept contributes significantly to the sociopsychological compensation of spatial impotence. For that, a qualitative research was developed, in the participant research modality, which predicted the articulation between the bibliographical and field research, being the latter composed by: observation, field diary, semi-structured interview and didactic sequence accomplishment. The Brazilian Center for Rehabilitation and Support for the Visually Impaired(CEBRAV) was established as the research field, in which all stages of the investigation were developed with three students with congenital blindness. It was possible to verify that the semiotic mediation of the dimensions of the concept of place, based on the content of use and occupation of the urban ground, together with the elements of spatial thinking enabled the development of different geographic reasoning by the subjects involved. It can be affirmed, therefore, that Geography offers a great contribution to the sociopsychological compensation of space impotence.eng
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dc.description.resumoO espaço geográfico é uma construção social e seu movimento de (re)produção envolve distintas dimensões (econômica, política, cultural, ambiental, etc.). Embora os sujeitos participem desse processo, compreendê-lo não é uma atividade automática e simples, demandando a mobilização de raciocínios e pensamentos efetivamente geográficos. Ao se ponderar as atividades cognitivaselaboradas na/pela Geografia, é necessário investigar quais sistemas sígnicos viabilizam tais elaborações, ou seja, quais mediações semióticas estão envolvidas no desenvolvimento de pensamentos e raciocínios geográficos. Destacando esses últimos, além das linguagens mediadoras, abrangem em suas composições, o constructo teórico-metodológico da Geografia, conhecimentos de ciências correlacionadas, conhecimentos cotidianos e o pensamento espacial. É sabido que as informações visuais são bastante relevantes para as análises e compreensões geográficas, sendo a visão o sistema perceptivo mais utilizado. Faz-se necessário, portanto, investigar a elaboração de raciocínios geográficos por alunos com cegueira congênita, bem como maneiras de mediar, didaticamente, essas elaborações. Tal proposição se justifica, pois, apesar de a cegueira restringir, consideravelmente, a percepção, compreensão e apropriação espaciais, o que Vygotsky (1997) denomina de impotência espacial, não impossibilita o desenvolvimento cognitivo dos sujeitos, que têm suas funções psicológicas superiores preservadas. Nesse contexto, o objetivo geral desta tese consiste em analisar o processo de elaboração de raciocínios geográficos pelo aluno com cegueira congênita, a partir da articulação entre as dimensões do conceito de lugar, mediadas semioticamente, e o pensamento espacial, estando todos esses fatores no âmbito da mediação didática. O lugar, enquanto uma das conceituações chave da Geografia conjuga as dimensões material, afetiva e multiescalar, a partir das quais defendemos que esse conceito contribui de modo significativo com a compensação sociopsicológica da impotência espacial. Para tanto, desenvolveu-se uma pesquisa de abordagem qualitativa, na modalidade de pesquisa participante, que previu a articulação entre as pesquisas bibliográfica e de campo, sendo essa última composta por: observação, diário de campo, entrevista semiestruturada e realização da sequência didática. O Centro Brasileiro de Reabilitação e Apoio ao Deficiente Visual (CEBRAV) se estabeleceu como campo de pesquisa, no qual desenvolveram todas as etapas da investigação com três alunos com cegueira congênita. Foi possível constatar que a mediação semiótica das dimensões do conceito de lugar, pautadas no conteúdo de uso e ocupação do solo urbano, juntamente, com os elementos do pensamento espacial viabilizaram o desenvolvimento de distintos raciocínios geográficos pelos sujeitos participantes. Pode-se afirmar, portanto, que a Geografia oferece grande contribuição à compensação sociopsicológica da impotência espacial.eng
dc.description.sponsorshipConselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPqeng
dc.formatapplication/pdf*
dc.identifier.citationSILVA, F. G. D. O que os olhos não veem a linguagem esclarece: contribuição da mediação semiótica à elaboração do raciocínio geográfico pelo aluno com cegueira congênita. 2019. 335 f. Tese (Doutorado em Geografia) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2019.eng
dc.identifier.urihttp://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/9628
dc.languageporeng
dc.publisherUniversidade Federal de Goiáseng
dc.publisher.countryBrasileng
dc.publisher.departmentInstituto de Estudos Socioambientais - IESA (RG)eng
dc.publisher.initialsUFGeng
dc.publisher.programPrograma de Pós-graduação em Geografia (IESA)eng
dc.rightsAcesso Aberto
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
dc.subjectEducação inclusivapor
dc.subjectMediaçãopor
dc.subjectLugarpor
dc.subjectPensamento espacialpor
dc.subjectRaciocínio geográficopor
dc.subjectInclusive educationeng
dc.subjectMediationeng
dc.subjectPlaceeng
dc.subjectSpatial thinkingeng
dc.subjectGeographical reasoningeng
dc.subject.cnpqCIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIAeng
dc.titleO que os olhos não veem a linguagem esclarece: contribuição da mediação semiótica à elaboração do raciocínio geográfico pelo aluno com cegueira congênitaeng
dc.title.alternativeWhat the eyes do not see language clarifies: contribution of semiotic mediation to the elaboration of geographic reasoning by the student with congenital blindnesseng
dc.typeTeseeng

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