Atividade inseticida do extrato bruto etanólico de persea americana (lauraceae) sobre larvas e pupas de aedes aegypti (diptera, culicidae)

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Data

2011-12

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Editor

Ruy de Souza Lino

Resumo

A busca de alternativas para o controle do Aedes aegypti ante sua resistência aos inseticidas sintéticos justifica a investigação de compostos vegetais uma vez que estes apresentam menor impacto ambiental em sua degradação e menor toxicidade aos vertebrados. Neste trabalho, avaliou-se o efeito inseticida do extrato bruto etanólico (ebe) da casca de Persea americana sobre larvas e pupas de Ae. aegypti. Após a obtenção do ebe, este foi solubilizado em dimetilsulfóxido (DMSO), obtendo-se, assim, a solução usada como teste. Para cada bioensaio e repetição, tanto no laboratório quanto no campo, foram utilizadas 100 larvas de cada estádio e 100 pupas. A mesma quantidade foi usada para os controles positivo e negativo realizados com o temefós (1ppm) e DMSO a 1,6%. Todos os bioensaios foram realizados nos principais criadouros artificiais urbanos – pneu, vidro e plástico. Os resultados obtidos demonstraram a atividade inseticida do ebe de P. americana em larvas e pupas de Ae. aegypti. Houve mortalidade de 100% das larvas de primeiro e segundo estádios; no laboratório, na dose de 5ppm e, no campo, na dose de 10 ppm. No laboratório, as CL50 e CL90 foram, respectivamente, de 7,2 ppm e 19,3 ppm para o terceiro estádio; de 6,6 ppm e 15,4 ppm para o quarto estádio e de 93,6 ppm e 158,7ppm para pupas. Seguindo a mesma ordem, no campo, as CL50 e CL90 foram de 27,8 ppm e 51,3 ppm para o terceiro estádio; de 23,8 ppm e 46,9 ppm para o quarto estádio e de 145,3 ppm e 261,9 ppm para as pupas. A constatação mais importante deste trabalho foi o efeito pupicida de P. americana, raramente encontrado em outros produtos tanto naturais quanto sintéticos. Foram realizados testes de toxicidade oral aguda em ratos com o ebe desta planta, o qual se mostrou atóxico de acordo com as normas do (Acute Toxic Class Method – OECD 423) para produtos de origem vegetal. _______________________________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT _______________________________________________________________________________________________________________________ In the search for new alternatives for control of Aedes aegypti, in view of its resistance to chemical insecticides in use, research on plant substances has been increasing due to their degradable quality and reduced toxic effect in vertebrates. The aim of this study was to evaluate the insecticidal effect of crude ethanol extract (cee) of the Persea americana Mill bark, on larvae and pupae of Ae. Aegypti in the laboratory and field. The test solution was obtained by dissolving the cee in dimethyl sulfoxide (DMSO). For each test and repetition, both in the laboratory and field, 100 larvae of the 1st, 2nd, 3rd, and 4th instars and 100 pupae were used. The same amount of larvae and pupae was used for the positive and negative control groups, performed respectively with temephos at 1 ppm and 1.6% of the DMSO treated extract. Both the laboratory bioassays and field assays were conducted using common urban breeding spots: tire, glass, and plastic. The results showed insecticidal activity of the P. americana cee on Ae. aegypti larvae and pupae, both in the laboratory and field. There was 100% mortality of the larvae of the 1st and 2nd instars at a dose of 5 ppm in the laboratory and at a dose of 10 ppm in the field. In the laboratory, the LC50 and LC90 were respectively, 7.2 and 19.3 ppm for 3rd instar, 6.6 and 15.4 ppm for 4th instar, and 93.6 and 158.7 ppm for pupae. Following the same order, in the field, the LC50 and LC90 were 27.8 and 51.3 ppm for the 3rd instar, 23.8 and 46.9 ppm for the 4th instar and 145.3 and 261.9 ppm for the pupae. The most important factor of this study was the pupicide effect of P. americana because it is very rare to find this effect from other products, either natural or synthetic. Acute oral toxicity were conducted in rats with the cee and this plant was proved to be nontoxic according to norms for products of plant origin (Acute Toxic Class Method - OECD 423).

Descrição

Palavras-chave

Aedes aegypti, Persea americana, Inseticidas naturais, Controle, Dengue

Citação

CARVALHO, G. H. F. de; SILVA, H. H. G. da; CUNHA, L. C; SILVA, I. G. da. Atividade inseticida do extrato bruto etanólico de persea americana (lauraceae) sobre larvas e pupas de aedes aegypti (diptera, culicidae). Revista de Patologia Tropical. Goiânia, v. 40, n. 4, p. 348-361, dez. 2011. Dispinível em: <http://www.revistas.ufg.br/index.php/iptsp/article/view/16760>.