Pele negra, lentes brancas: raça e relações de poder na construção da mise-en-scène documentária

dc.contributor.advisor1Souza, Geórgia Cynara Coelho de
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/4911717849806520
dc.contributor.referee1Souza, Geórgia Cynara Coelho de
dc.contributor.referee2Ribeiro, Marcelo Rodrigues Souza
dc.contributor.referee3Dias, Luciana de Oliveira
dc.creatorPrado, Erik Ely da Cunha
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/6031787073627755
dc.date.accessioned2025-10-28T19:49:15Z
dc.date.available2025-10-28T19:49:15Z
dc.date.issued2025-09-25
dc.description.abstractThis study aimed to analyze and understand the ways in which the documentary filmmaker can mediate the construction of the mise-en-scène and self-mise-en-scène of a black character during the process of documentary filmmaking, taking into account the power relations and hierarchies established throughout the pre-production, production, and post-production stages of a film from a racial perspective. To this end, directing oriented toward the construction of the mise-en-scène and self-mise-en-scène became the main object of research, while the corpus for analysis consisted of the production of a short documentary film titled There Is No Black-Skinned Ninja. The film addresses how black cosplayers engage in an environment with such a pronounced lack of diversity, as seen in geek and pop culture communities centered around films, series, anime, games, and other media. As the film’s director, I start from the hypothesis that, for the character to express their performance as desired, the filmmaker, whether black or non-black, must embrace the person being filmed, offering them the freedom to develop their performance while still maintaining their own directorial perspective. To develop this investigation, the dissertation relied on an extensive bibliographic review that considered authors who have explored themes such as: the relationship between the director and the documentary subject (César Guimarães, Jean-Louis Comolli, Jean-Claude Bernardet, and Patricio Guzmán); the documentary and its contemporary form (Bill Nichols, Cezar Migliorin, Consuelo Lins, Cláudia Mesquita, and Karla Holanda); racism and race relations (bell hooks2 , Frantz Fanon, Kabengele Munanga, and Nilma Lino Gomes); black cinema (Edileuza Penha de Souza, Jeferson De, and Noel dos Santos Carvalho); performance studies (Leda Maria Martins, Clifford Geertz, Robson Corrêa Camargo, and Victor Turner); the concept of power and identity (Achille Mbembe, Claude Raffestin, Gilles Deleuze, Michel Foucault, and Stuart Hall); and the practice of documentary filmmaking itself (Alan Rosenthal, Michael Rabiger, and Sérgio Puccini, among others). In this way, I sought to understand how the relationships between documentary filmmakers and black characters unfold within the scene play, revealing the various ways in which racism is socially and structurally embedded. I also considered how we, as filmmakers, can mediate this mise-en-scène so that it develops freely and authentically, in a way that values human diversity throughout the filmmaking process while minimizing, and ultimately seeking to eliminate, racist constructions within cinematic practice.eng
dc.description.resumoEste trabalho intencionou analisar e compreender as formas pelas quais o documentarista pode mediar a construção da mise-en-scène e auto-mise-en-scène de um personagem negro durante o processo de realização documental, levando em consideração as relações de poder e hierarquias construídas na pré-produção, produção e pós-produção de um filme a partir de um viés racial. Para isso, a direção orientada à construção da mise-en-scène e auto-mise-en-scène tornou-se o objeto de pesquisa, enquanto o corpus de pesquisa e análise foi a produção de um curta-metragem documentário intitulado Não Existe Ninja de Pele Preta. No filme, abordou-se como cosplayers negros se inserem em um meio com tamanha falta de diversidade, como é o caso das comunidades geek e de cultura pop, voltadas para filmes, séries, animes, jogos e outros produtos. Assim, enquanto diretor do filme, parto da hipótese de que, para que o personagem imprima sua encenação da maneira desejada, o realizador (diretor), negro ou não-negro, precisa acolher quem ele filma, dando liberdade para que a performance seja desenvolvida, mas, sem que o seu ponto de vista seja deixado de lado. Para o desenvolvimento desta investigação, esta dissertação amparou-se em uma ampla revisão e pesquisa bibliográfica que levou em consideração autores e autoras que abordam em suas pesquisas temas como: a relação entre o diretor e o personagem de documentário (César Guimarães, Jean-Louis Comolli, Jean-Claude Bernardet e Patricio Guzmán); o documentário e a sua forma contemporânea (Bill Nichols, Cezar Migliorin, Consuelo Lins, Cláudia Mesquita e Karla Holanda); o racismo e as relações raciais (bell hooks1 , Frantz Fanon, Kabengele Munanga e Nilma Lino Gomes); cinema negro (Edileuza Penha de Souza, Jeferson De e Noel dos Santos Carvalho); autores dos estudos da performance (Leda Maria Martins, Clifford Geertz, Robson Corrêa Camargo e Victor Turner); do conceito de poder e identidade (Achille Mbembe, Claude Raffestin, Gilles Deleuze, Michael Foucault e Stuart Hall) e a própria realização fílmica de documentário (Alan Rosenthal, Michael Rabiger e Sérgio Puccini, entre outros autores). Dessa forma, procurei compreender de quais maneiras se dão as relações entre documentaristas e personagens negros durante o jogo de cena, levando em consideração e desvelando as mais variadas formas com que o racismo está impregnado social e estruturalmente. Levei em consideração, ainda, como nós, enquanto realizadores, podemos mediar essa mise-en-scène para que ela seja desenvolvida de forma livre e sincera, ao modo que valorize a diversidade humana durante a realização de um filme, minimizando e almejando eliminar construções racistas ao longo do processo de realização cinematográfica.
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
dc.identifier.urihttps://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/14844
dc.languagePortuguêspor
dc.publisherUniversidade Federal de Goiáspor
dc.publisher.countryBrasilpor
dc.publisher.departmentFaculdade de Ciências Sociais - FCS (RMG)
dc.publisher.initialsUFGpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-graduação em Performances Culturais (FCS)
dc.relation.referencesPRADO, Erik Ely da Cunha. Pele negra, lentes brancas: raça e relações de poder na construção da mise-en-scène documentária. 2025. 138 f. Dissertação (Mestrado em Performances Culturais) - Faculdade de Ciências Sociais, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2025.
dc.rightsAcesso Aberto
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
dc.subjectAuto-mise-en-scènepor
dc.subjectDocumentáriopor
dc.subjectCurta-metragempor
dc.subjectPerformancepor
dc.subjectCinema negropor
dc.subjectSelf-mise-en-scèneeng
dc.subjectDocumentaryeng
dc.subjectShort filmeng
dc.subjectPerformanceeng
dc.subjectBlack cinemaeng
dc.subject.cnpqCIENCIAS SOCIAIS APLICADAS
dc.titlePele negra, lentes brancas: raça e relações de poder na construção da mise-en-scène documentária
dc.title.alternativeBlack skin, white lenses: race and power relations in the formation of documentary mise-en-scèneeng
dc.typeDissertação

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