Violência baseada em gênero e transtornos mentais: experiência de mulheres atendidas em um centro de atenção psicossocial

dc.contributor.advisor-co1Camargo Júnior, Elton Brás
dc.contributor.advisor-co1Latteshttp://lattes.cnpq.br/2623137563032892
dc.contributor.advisor1Carneiro, Larissa Arbués
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/6576103363656577
dc.contributor.referee1Carneiro, Larissa Arbués
dc.contributor.referee2Barros, Patrícia de Sá
dc.contributor.referee3Costa, Carmem Lúcia
dc.contributor.referee4Camargo Júnior , Elton Brás
dc.creatorRibeiro, Rosilene da Silva
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/0894234874110928
dc.date.accessioned2025-08-27T15:13:19Z
dc.date.available2025-08-27T15:13:19Z
dc.date.issued2025-07-07
dc.description.abstractINTRODUCTION: Gender-based violence (GBV) is characterized by any and human rights violations motivated by gender or sexual orientation and can manifest as physical, sexual, psychological, or even financial aggression. It is considered a pandemic phenomenon, with a high potential to cause harm to the health of those who experience it, whether physical or mental. OBJECTIVE: To understand the relationship between gender-based violence and depressive disorders in women treated at a Psychosocial Care Center in the municipality of Rio Verde, Goiás. METHODOLOGY: This is a multi-method study. The first stage being epidemiological, observational, analytical and cross-sectional, and estimaded the prevalence of GBV using the WHO VAW STUDY instrument. The second stage consisted of a qualitative, descriptive, and exploratory study with data collected through a semi-structured focus group, addressing the perceptions of the women surveyed regarding their experciences of GVB and depressive disorders. RESULTS: Ninety-four women with depressive disorders participated in the study, 60,6% with unipolar depression, and 39,4% with bipolar affective disorder, undergoing treatment at a Psychosocial Care Center (CAPS). There was a predominance of young women, aged between 30 and 44 years (44,7%), black (60,6%), with complete or incomplete higher education (74,5%), without a partner (55,3%), most with one or two children (47,9%), and with low family income of up to two minimum wages (77%). Of the total sample, 100% had a history of emotional violence, both late (throughout life) and recent (in the last year); 68,1% reported a history of late physical violence, and 25,5% reported recent physical violence; 52,1% had a history of late sexual violence, and 13,8% recent sexual violence. In the qualitative stage, 6 women from the previous sample participated. Chi-square tests were peformed, which showed a statiscally significant associantion between the variable skin color (black or brown) and late physical violence (χ 2 (2) = 4,743; p < 0,001), (p = 0,029) and the variables education level (χ 2 (2) = 13,52; p < 0,001 and number of children (χ 2 (2) = 17,31; p < 0,001 with late sexual violence. Logistic regression indicated that women with low education and more than 3 children are more likely and more likely to suffer late sexual violence. In the qualitative stage, 6 women from the previous sample participated. The analysis of perceptions revealed profound impacts, such as fear, guilt, shame, aversion to one’s own body and intimate and affective relationships, in a addition to trauma, all caused by the experience of rights violation and which negatively impacted the feelings, emotions, and above all, the mental health of these women. CONCLUSION: It was found that the experience of GBV can be na important predisposing factor for the development of depressive disorders, especially in cases where there is chronic violence and the absence of an effective family support network for the woman who survived rights violations movivated by gender.eng
dc.description.abstractINTRODUCCIÓN: La violencia de género (VG) se caracteriza por cualquier violación de derechos humanos motivada por el gênero o la orientación sexual, y puede manifestarse como agresión física, sexual, psicológica o incluso económica. Se considera un fenómeno pandémico, com un alto potencial de causar daños a la salud, ya sea física o mental de quienes la sufren. OBJETIVO: Comprender la relación entre la violencia de género y los trastornos depresivos en mujeres atendidas en un Centro de Atención Psicosocial del municipio de Rio Verde, Goiás. METODOLOGÍA: Se trata de un estudio multimétodo. La primera etapa es epidemiológica, observacional, analítica y transversal, y se estimó la prevalencia de VG mediante el instrumento WHO VAW STUDY. La segunda etapa consistió en un estudio cualitativo, descriptivo y exploratorio com datos recopilados mediante un grupo focal com um guión semiestructurado, que abordo las percepciones de las mujeres sobre sus experiências de VG y transtornos depressivos. RESULTADOS: Noventa e cuatro mujeres con trastornos depresivos participaron en el estudio, 60,6% con depresión unipolar y 39,4% con trastorno afectivo bipolar, en tratamiento en un Centro de Atención Psicosocial (CAPS). Hubo un predominio de mujeres jóvenes, con edad entre 30 y 44 años (44,7%), negras (60,6%), con educación superior completa o incompleta (74,5%), sin pareja (55,3%), la mayoría con uno o dos hijos (47,9%) y con bajos ingresos familiares de hasta dos salarios mínimos (77%). Del total de la muestra, el 100% tenía antecedentes de violencia emocional, tanto tardía (a lo largo de la vida) como reciente (en el último año); el 68,1% reportó antecedentes de violencia física tardía y el 25,5% de violencia física reciente; el 52,1% tenía antecedentes de violencia sexual tardía y el 13,8% de violencia sexual reciente. Se realizaron pruebas de chi-cuadrado, las cuales mostraron una asociación estadísticamente significativa entre la variable color de piel (negro y moreno) y la violencia física tardía (χ2 (2) = 4.743; p < 0.001), (p = 0.029) y las variables nivel educativo (χ2 (2) = 13.52; p < 0.001 y número de hijos (χ2 (2) = 17.31; p < 0.001) con la violencia sexual tardía. La regresión logística indicó que las mujeres con baja educación y más de 3 hijos tienen mayor probabilidad de sufrir violencia sexual tardía. En la etapa cualitativa participaron 6 mujeres de la muestra anterior. El análisis de las percepciones reveló profundos impactos, como miedo, culpa, vergüenza, aversión al propio cuerpo y a las relaciones íntimas y afectivas, además de trauma, todos provocados por la experiencia de vulneraciones de derechos, y que interfirieron negativamente en los sentimientos, emociones y, sobre todo, la salud mental de estas mujeres. CONCLUSIÓN: Se encontró que la experiencia de VBG puede ser un importante factor predisponente para el desarrollo de trastornos depresivos, especialmente en los casos donde existe violencia crónica y ausencia de una red de apoyo familiar efectiva para las mujeres que han sobrevivido a violaciones de derechos motivadas por el género.spa
dc.description.resumoINTRODUÇÃO: A violência baseada no gênero (VBG) é caracterizada por toda e qualquer violação de direitos humanos motivada pelo gênero ou orientação sexual e pode se materializar sob a forma de agressão física, sexual, psicológica ou mesmo patrimonial. É considerada um fenômeno pandêmico, com alto potencial de causar prejuízos à saúde de quem a vivencia, seja física ou mental. OBJETIVO: Compreender a relação entre a violência baseada em gênero e os transtornos depressivos em mulheres atendidas em um Centro de Atenção Psicossocial, no município de Rio Verde – Goiás. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo multimétodo. A primeira etapa é do tipo epidemiológico, observacional, analítico e transversal e estimou a prevalência da VBG por meio do instrumento WHO VAW STUDY. A segunda etapa consistiu em um estudo qualitativo, descritivo e exploratório com dados coletados por meio de um grupo focal com roteiro semiestruturado, abordando a percepção das mulheres pesquisadas acerca das experiências da VBG e os transtornos depressivos. RESULTADOS: Participaram da pesquisa 94 mulheres com transtornos depressivos, sendo 60,6% com depressão unipolar e 39,4% com transtorno afetivo bipolar, em tratamento em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Houve predomínio de mulheres jovens, com idade entre 30-44 anos (44,7%), negras (60,6%), com ensino superior completo ou incompleto (74,5%), sem companheiro (55,3%), a maioria com 1 ou 2 filhos (47,9%) e com baixa renda familiar até 2 salários mínimos (77%). Do total da amostra, 100% apresentou histórico de violência emocional, tanto tardia (ao longo da vida) quanto recente (no último ano); 68,1% relataram histórico de violência física tardia, e 25,5% relataram violência física recente; 52,1% apresentaram histórico de violência sexual tardia e 13,8% violência sexual recente. Foram realizados testes de qui-quadrado que evidenciou associação estatisticamente significativa da variável cor da pele (pretas e pardas) com a violência física tardia (χ 2 (2) = 4,743; p < 0,001), (p = 0,029) e das variáveis escolaridade (χ 2 (2) = 13,52; p < 0,001 e número de filhos (χ 2 (2) = 17,31; p < 0,001 com a violência sexual tardia. Já a regressão logística indicou que mulheres com baixa escolaridade e com mais de 3 filhos têm mais chances de sofrer violência sexual tardia. Na etapa qualitativa, participaram 6 mulheres da amostra anterior. A análise das percepções revelou impactos profundos, como medo, culpa, vergonha, aversão ao próprio corpo e às relações íntimas e afetivas, além de traumas, todos causados pela experiência de violação de direitos e que interferiram negativamente nos sentimentos, emoções e, sobretudo, na saúde mental dessas mulheres. CONCLUSÃO: Constatou-se que a experiência da VBG pode se configurar como um importante fator predisponente ao desenvolvimento de transtornos depressivos, especialmente nos casos em que há violência crônica e ausência de uma rede de apoio familiar eficaz à mulher sobrevivente da violação de direitos motivada por razão de gênero.
dc.identifier.citationRIBEIRO, R. S. Violência baseada em gênero e transtornos mentais: experiência de mulheres atendidas em um centro de atenção psicossocial. 140 f. 2025. Dissertação (Mestrado em Profissional em Saúde Coletiva) - Instituto de Patologia Tropical Saúde Pública, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2025.
dc.identifier.urihttps://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/14644
dc.languagePortuguêspor
dc.publisherUniversidade Federal de Goiáspor
dc.publisher.countryBrasilpor
dc.publisher.departmentInstituto de Patologia Tropical e Saúde Pública - IPTSP (RMG)
dc.publisher.initialsUFGpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-graduação em Saúde Coletiva (IPTSP)
dc.rightsAcesso Embargado
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
dc.subjectViolência de gêneropor
dc.subjectDepressãopor
dc.subjectSaúde mentalpor
dc.subjectAtenção Psicossocialpor
dc.subjectGender-based violenceeng
dc.subjectDepressioneng
dc.subjectMental healtheng
dc.subjectPsychosocial careeng
dc.subjectViolencia de génerospa
dc.subjectDepresiónspa
dc.subjectSalud mentalspa
dc.subjectAtención psicosocialspa
dc.subject.cnpqCIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
dc.titleViolência baseada em gênero e transtornos mentais: experiência de mulheres atendidas em um centro de atenção psicossocial
dc.title.alternativeGender-based violence and mental disorders: experience of women treated at a Psychosocial Care Centereng
dc.typeDissertação

Arquivos

Pacote Original

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
Dissertação - Rosilene da Silva Ribeiro - 2025.pdf
Tamanho:
5.48 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format

Licença do Pacote

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
license.txt
Tamanho:
1.71 KB
Formato:
Item-specific license agreed upon to submission
Descrição: