Narrativas do Cerrado: as vozes das matas para uma educação linguística antirracista

dc.creatorRezende, Tânia Ferreira
dc.date.accessioned2023-05-04T14:54:07Z
dc.date.available2023-05-04T14:54:07Z
dc.date.issued2021-07
dc.description.abstractThe structure of the modern colonial world mobilized several projects of domination of nature, territories, and bodies, inferiorizing the colonized populations. Illustrated modernity self-proclaimed itself as universal and unique, invalidating any other form of being, feeling, thinking, acting, and talking: ontoepistemicide. Languages of colonization were introduced in the colonized territories as languages of culture and knowledge, delegitimizing all others: languagecide. Catholicism was imposed as the unique religion, and Christianity and the unique system to deal with the holy and the world. In order to be rational, civilized, and to conform to the new order, human beings must lose their divinity and their link with the Cosmos, though not completely.School and church tookit upon themselves the harsh role of normatizing the “new man”. The goal of this discussion is to problematize the existence of cosmogonies and ontoepistemologies which manifested in cosmolinguistic practices and in mater-narrativesfrom the Cerrado, which express the maintenance of the link of human beings with nature and the holy, in spite of modernity/coloniality. With this problematization, I intend to propose strategies for the strengthening of the mater-narratives and the cosmolinguistic practices, creating spaces and situations for the insurgence and installation of collective ancestral memories, by means of “escrevivência” (EVARISTO, 2020), in language classes, aiming for an antiracist linguistic education. I hope that with the practice of “escrevivência”, understood as “the writing of us” (NUNES, 2020), as a pedagogical locus in the language classes, school may potentialize writing as a political act for minorities, more specifically women from excluded groups, for whom writing has been historicallydenied. Thus, going beyond literature, “escrevivência” may surge in schools, in the teaching of languages, as an ally for subalternized women who fight for more social and political equality.pt_BR
dc.description.resumoA estruturação do mundo moderno colonial mobilizou diversos projetos de dominação da natureza, dos territórios e dos corpos, inferiorizando as populações colonizadas. A modernidade ilustrada se autoproclamou como universal e única, invalidando qualquer outra forma de ser, sentir, pensar, agir e falar: ontoepistemicídio. As línguas de colonização foram introduzidas nos territórios colonizados como línguas de cultura e de conhecimento, deslegitimando as demais: linguicídio. O catolicismo foi imposto como religião única e o cristianismo como sistema único de relação com o sagrado e com o mundo. Para ser racional, civilizado e se conformar com a nova ordem, o ser humano teve de perder sua divindade e seu vínculo com o cosmo, ainda que não totalmente. A escola e a igreja se encarregaram de cumprir o árduo papel de normatizar o “novo homem”. O objetivo desta discussão é problematizar a existência de cosmogonias e ontoepistemologias, que se manifestam em práticas cosmolinguísticas e em matrinarrativas cerradeiras, que expressam a manutenção do vínculo do ser humano com a natureza e com o sagrado, apesar da modernidade/colonialidade. Com essa problematização, pretendo propor estratégias de fortalecimento das matrinarrativas e das práticas cosmolinguísticas, criando espaços e situações para a insurgência e a instauração das memórias ancestrais coletivas, por meio da “escrevivência” (EVARISTO, 2020), nas aulas de línguas, visando uma educação linguística antirracista. Espero que com a prática da “escrevivência”, entendida como “a escrita de nós” (NUNES, 2020, p. 12), como lócus pedagógico nas aulas de línguas, a escola possa potencializar a escrita como um ato político para as pessoas minorizadas, mais especificamente, para as mulheres dos grupos excluídos, para as quais a escrita tem sido, historicamente, negada. Dessa forma, para além da Literatura, a “escrevivência” poderá insurgir na escola, no ensino de línguas, como uma aliada das mulheres subalternizadas na luta por mais igualdade social e política.pt_BR
dc.identifier.citationREZENDE, Tânia. Narrativas do Cerrado: as vozes das matas para uma educação linguística antirracista. Lingu@ Nostr@: revista virtual de estudos de gramática e linguística, Vitória da Conquista, v. 8, n. 1, p. 38-58, jan./jul. 2021. DOI: 10.29327/232521.8.1-4. Disponível em: https://linguanostra.net/index.php/Linguanostra/article/view/208. Acesso em: 20 abr. 2023.pt_BR
dc.identifier.doihttp://dx.doi.org/10.29327/232521.8.1-4
dc.identifier.issne- 2317-2320
dc.identifier.urihttp://repositorio.bc.ufg.br/handle/ri/22466
dc.language.isoporpt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentFaculdade de Letras - FL (RMG)pt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/*
dc.subjectEducação linguísticapt_BR
dc.subjectEducação antirracistapt_BR
dc.subjectEscrevivênciapt_BR
dc.subjectMemóriaspt_BR
dc.subjectMatrinarrativaspt_BR
dc.subjectLinguistic educationpt_BR
dc.subjectAntiracist educationpt_BR
dc.subjectMemoriespt_BR
dc.subjectMater-narrativespt_BR
dc.titleNarrativas do Cerrado: as vozes das matas para uma educação linguística antirracistapt_BR
dc.title.alternativeNarratives of the Cerrado: the voices from the woods for an antiracist linguistic educationpt_BR
dc.typeArtigopt_BR

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