Transgressão e controle sobre as mulheres na cidade de Goiás entre 1860 a 1900

dc.contributor.advisor1Moraes, Cristina de Cássia Pereira
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/1005102348535090
dc.contributor.referee1Moraes, Cristina de Cássia Pereira
dc.contributor.referee2Rabelo, Danilo
dc.contributor.referee3Souza, Rildo Bento de
dc.creatorNascimento, Naelma Mendes do
dc.creator.Latteshttps://lattes.cnpq.br/9911241822530881
dc.date.accessioned2024-12-05T13:06:25Z
dc.date.available2024-12-05T13:06:25Z
dc.date.issued2024-08-28
dc.description.abstractMagali Engel (1988), in "Meretrizes e doutores: Saber médico e prostituição no Rio de Janeiro (1840-1890)," states that "the conception of the prostitute is constructed in opposition to the mother and wife," considering that the prostitute would represent the opposite of what society, which valued morality and decency, upheld. The actions of these transgressive women were aimed at resisting poverty. The research sought to understand and describe the behaviors that frequently led to the imprisonment of these women. The objective of this work is to analyze prostitution in the City of Goiás at the end of the 19th century, between 1860 and 1900. In light of this proposal, to understand who these women were and the context in which they were inserted, it was necessary to analyze the concepts of vagrancy, vagabondage, and prostitution. Similarly, the research object was framed by selecting a historiography and analyzing documents, all from the 19th century, including police reports, newspapers, maps of the public jail of the City of Goiás, municipal codes, criminal cases, Terms of Good Living, the Criminal Code, the Code of Criminal Procedure, and urban taxes. The investigation was conducted through documentary and bibliographic analysis, discussion of theoretical material, and data collection. In the first chapter, I draw on the text "As estratégias de purificação dos espaços na capital da Província de Goiás-1835- 1843" by Cristina Cássia Moraes (1995) and the texts by Gustavo Neiva Coelho, "O espaço urbano em Vila Boa: entre o veredito e vernacular" (2001), to describe the public space. This debate revolves around the discussion the State had regarding these spaces. In the second chapter, we will discuss the laws, how they were created to produce regulations, and how they "organize" public spaces, bodies, and the reprehensible behaviors of prostitutes. For the debate in this second part of the text, we will use "A invenção da Vadiagem: os termos de bem viver e a sociedade disciplinar no Império do Brasil" by Eduardo Martins (2011) and the work of professor Danilo Rabelo (1997), "Os excessos do corpo: a normalização dos comportamentos na Cidade de Goiás (1822-1889)". Prostitution is "understood as the conscious practice of exchanging or negotiating for money or other financial or material compensation" (Vieira, 2017, p. 1). In the City of Goiás, these women were not economically privileged and were always associated with disturbance, living on the margins of society. They live by their own means, working during the day washing clothes, sewing, or cooking, and at night they prostituted themselves.There was no designated prostitution zone in the city; the services were performed in the homes of these women. Their actions violated the law. They transgressed not because they lacked values but because their values were different—it was the culture of the streets, of the working class, of sporadic labor, and of popular traditions.eng
dc.description.resumoMagali Engel (1988), em Meretrizes e doutores: Saber médico e prostituição no Rio de Janeiro (1840-1890) diz que a “concepção de prostituta é realizada pela oposição da mãe e esposa”, tendo em vista que a prostituta seria o contrário do que defendia a sociedade que prezava a moral e os bons costumes e que as ações dessas mulheres transgressoras tinham como objetivo resistir à pobreza, a pesquisa buscou entender e descrever quais comportamentos causava constantemente a prisão dessas mulheres. O objetivo deste trabalho é analisar a prostituição na Cidade de Goiás no final do século XIX, entre 1860 e 1900. Diante de tal proposta, para entender quem são e o contexto em que estavam inseridas foi necessária analisar os conceitos de vadio, vagabundo e prostituição. Da mesma forma que, buscou-se cercar o objeto de pesquisa com a escolha de uma historiografia e a análise de documentos, todos do século XIX, Jurídicos Policiais, Jornais, Mapas da Cadeia Pública da Cidade de Goiás, Códigos de Posturas, Processos-Crimes, Termos de Bem Viver, Código Criminal, Código de Processo Criminal e Décimas Urbanas. A investigação foi realizada mediante a análise documental e bibliográfica, discussão do material teórico e coleta de dados. No primeiro capítulo, uso o texto “As estratégias de purificação dos espaços na capital da Província de Goiás-1835- 1843” de Cristina Cássia Moraes (1995) e textos de Gustavo Neiva Coelho “O espaço urbano em Vila Boa: entre o veredito e vernacular” (2001) para descrever o espaço público, este debate é realizado acerca da discussão que o Estado faz desses espaços. No segundo capítulo falaremos das leis, de como foram criadas para produzir normatização, “organizam” os lugares públicos, os corpos e os comportamentos reprováveis das prostitutas. Utilizaremos como base para o debate nessa segunda parte do texto “A invenção da Vadiagem: os termos de bem viver e a sociedade disciplinar no Império do Brasil” de Eduardo Martins (2011) e o professor Danilo Rabelo (1997), em “Os excessos do corpo: a normalização dos comportamentos na Cidade de Goiás (1822-1889).” A prostituição é “entendida como prática consciente da troca/negociação por dinheiro ou por outra compensação financeira ou material.” (Vieira, 2017, p.1). Na Cidade de Goiás essas mulheres não eram privilegiadas economicamente, estavam sempre relacionadas com a perturbação, viviam a margem da sociedade. Elas viviam de suas agências, durante o dia trabalhavam lavando roupa, costurando, cozinhando e a noite se prostituíam. Não havia na cidade uma zona de prostituição, os atendimentos eram realizados na residência dessas mulheres. Suas ações transgrediam a lei. Elas transgrediam não porque não tinham valores, mas porque seus valores eram outros, é a cultura das ruas, das camadas populares, do trabalho esporádico, das tradições populares.
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
dc.identifier.citationNASCIMENTO, N. M. Transgressão e controle sobre as mulheres na cidade de Goiás entre 1860 a 1900. 2024. 93 f. Dissertação (Mestrado em História) - Faculdade de História, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2024.
dc.identifier.urihttp://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/13708
dc.languagepor
dc.publisherUniversidade Federal de Goiás
dc.publisher.countryBrasil
dc.publisher.departmentFaculdade de História - FH (RMG)
dc.publisher.initialsUFG
dc.publisher.programPrograma de Pós-graduação em História (FH)
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 Internationalen
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
dc.subjectTransgressãopor
dc.subjectProstitutapor
dc.subjectVadiopor
dc.subjectVagabundopor
dc.subjectTermo de bem viverpor
dc.subjectTransgressioneng
dc.subjectProstituteeng
dc.subjectVagrancyeng
dc.subjectVagabondeng
dc.subjectTerms of good livingeng
dc.subject.cnpqCIENCIAS HUMANAS::HISTORIA
dc.titleTransgressão e controle sobre as mulheres na cidade de Goiás entre 1860 a 1900
dc.title.alternativeTransgression and control about women in the city of Goiás between 1860 to 1900eng
dc.typeDissertação

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