A história do ensino de História e a formação da elite intelectual brasileira: uma análise a partir da história nova do Brasil (1963-1965)

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dc.contributor.advisor1Magalhães, Sônia Maria de
dc.contributor.advisor1Latteshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4794833P2eng
dc.contributor.referee1Magalhães, Sônia Maria de
dc.contributor.referee2Mendonça, Sueli Guadelupe de Lima
dc.contributor.referee3Pereira, Robson Mendonça
dc.contributor.referee4Alencar, Maria Amélia Garcia de
dc.contributor.referee5Nazareno, Elias
dc.creatorCardoso, Vanessa Clemente
dc.creator.Latteshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4447620E2eng
dc.date.accessioned2019-07-15T15:04:05Z
dc.date.issued2019-06-17
dc.description.abstractDuring the 1950s and 1960s, the discipline of History was highlighted, its construction, and the renewal of textbooks were on the agenda. At the National Faculty of Philosophy of the University of Brazil, the student movement about the debate on proposals for educational reforms was intense. Questionings about the innovation of History teaching appeared within the academic spheres, giving life to the collection História Nova do Brasil, which was published in January 1964 by the Student Assistance Campaign (Cases) and elaborated by Joel Rufino dos Santos, Maurício Martins de Mello, Pedro de Alcântara Figueira, Pedro Celso Uchôa Cavalcanti Neto, Rubem César Fernandes and Nelson Werneck Sodré. The work was inserted in the context of Basic Reforms of the Government João Goulart, possessed a political dimension and was associated with International Communism, receiving unfavorable opinions from the National Commission of the Didactic Book (CNLD), the Army General Staff and the Brazilian Historical and Geographical Institute (IHGB), along with editorials from the newspapers O Estado of S. Paulo, O Globo and the Diário de São Paulo. With the establishment of the civil-military dictatorship, the books were collected from bookstore shelves, burned and forbidden to be sold. The authors of the collection were arrested, humiliated, physically and psychologically tortured. They were forbidden to practice their professions, lost their jobs and had to answer in court for the manuals. Some went into exile and their families threatened. Thereby, this thesis investigated the history of preparing and writing the recent history of Brazil as well as the formation of the Brazilian intellectual elite from the New History of Brazil collection. For everything, we consider the historiographic production about history teaching during the 1950s and 1960s linked to the National Faculty of Philosophy of the University of Brazil (UF FNFi), the University of São Paulo (USP) and the Higher Institute of Brazilian Studies (ISEB). In addition, we checked the receipt of the textbooks, through the unfavorable opinions issued by the National Commission of the Textbook (CNLD), the Army General Staff, the Brazilian Historical and Geographical Institute (IHGB), together with the editorials of the newspapers O Estado de S. Paulo, O Globo, Última Hora and the Diário de São Paulo. Besides, the Military-Police Inquiry was analyzed, resulting from the persecution of the work and the authors during the military civil dictatorship. The theoretical parameter of this research was the concept of symbolic power conceived by Pierre Bourdieu (2004). Thus, from the analysis of the sources, it was possible to observe a dispute for the symbolic production through the critique of the order established by the ruling class represented in the official historiography, which was published by the Brazilian Historical and Geographical Institute (IHGB) and by the professors of the University of Brazil itself. Moreover, the political and cultural dimension of the collection, which aimed at the implementation of Educational Reform in Brazil, was not the only factor for its persecution. Through the inquiries, it was possible to note the attempt to incriminate the perpetrators as a means of reaching and gaining evidence of the association of retired army General and Left Intellectual Nelson Werneck Sodré to International Communism.eng
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dc.description.resumoDurante as décadas de 1950 e 1960, estavam em pauta a disciplina de História, sua construção e a renovação dos livros didáticos. Na Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, a atuação do movimento estudantil era intensa em torno do debate das propostas de reformas educacionais. Em meio a esse cenário, questionamentos acerca da inovação do ensino de História surgiram dentro do ambiente acadêmico, dando vida à coleção História Nova do Brasil, a qual foi publicada em janeiro de 1964 pela Campanha de Assistência ao Estudante (Cases) e elaborada em conjunto por Joel Rufino dos Santos, Maurício Martins de Mello, Pedro de Alcântara Figueira, Pedro Celso Uchôa Cavalcanti Neto, Rubem César Fernandes e Nelson Werneck Sodré. A obra inseria-se no contexto de Reformas de Base do Governo João Goulart, possuía uma dimensão política e foi associada ao Comunismo Internacional, recebendo pareceres desfavoráveis da Comissão Nacional do Livro Didático (CNLD), do Estado-Maior do Exército e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), juntamente com editoriais dos jornais O Estado de S. Paulo, O Globo e o Diário de São Paulo. Com a instauração da ditadura civil-militar, os livros foram recolhidos das estantes das livrarias, queimados e proibidos de serem comercializados. Os autores da coleção foram presos, humilhados, torturados fisicamente e psicologicamente, alguns partiram para o exílio, suas famílias ameaçadas, foram proibidos de exercerem suas profissões, perderam o emprego e tiveram que responder judicialmente pela confecção dos manuais. Desse modo, esta tese investigou a história da elaboração e da escrita da história recente do Brasil bem como a formação da elite intelectual brasileira a partir da coleção História Nova do Brasil. Para tanto, consideramos a produção historiográfica sobre o ensino de história durante as décadas de 1950 e 1960 vinculadas à Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil (FNFi da U.B), à Universidade de São Paulo (USP) e ao Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB). Além disso, averiguamos a recepção dos manuais escolares, por meio dos pareceres desfavoráveis emitidos pela Comissão Nacional do Livro Didático (CNLD), pelo Estado-Maior do Exército, pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), juntamente com os editoriais dos jornais O Estado de S. Paulo, O Globo, Última Hora e o Diário de São Paulo. Ademais, foi analisado o Inquérito Policial-Militar resultante da perseguição da obra e dos autores durante a ditadura civil-militar. O referencial teórico balizador desta investigação foi o conceito de poder simbólico concebido por Pierre Bourdieu (2004). Sendo assim, a partir da análise das fontes, foi possível observar uma disputa pela produção simbólica por meio da crítica da ordem estabelecida pela classe dominante representada na historiografia oficial, a qual foi veiculada pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e pelos professores catedráticos da própria Universidade do Brasil. Além disso, a dimensão política e cultural da coleção, que visava a concretização da Reforma Educacional no Brasil, não foi o único fator para a sua perseguição. Mediante os inquéritos, foi possível notar a tentativa de incriminar os autores como meio de atingir e conseguir provas de associação do General reformado do exército e intelectual de esquerda Nelson Werneck Sodré, ao Comunismo Internacional.eng
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESeng
dc.formatapplication/pdf*
dc.identifier.citationCARDOSO, Vanessa Clemente. A história do ensino de história e a formação da elite intelectual brasileira: uma análise a partir da história nova do Brasil (1963-1965). 2019. 362 f. Tese (Doutorado em História) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2019.eng
dc.identifier.urihttp://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/9833
dc.languageporeng
dc.publisherUniversidade Federal de Goiáseng
dc.publisher.countryBrasileng
dc.publisher.departmentFaculdade de História - FH (RG)eng
dc.publisher.initialsUFGeng
dc.publisher.programPrograma de Pós-graduação em História (FH)eng
dc.rightsAcesso Aberto
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
dc.subjectDitadura civil-militarpor
dc.subjectHistória nova do Brasilpor
dc.subjectEnsino de Históriapor
dc.subjectInquérito policial-militarpor
dc.subjectMilitary civil dictatorshipeng
dc.subjectTeachingbookeng
dc.subjectNew history of Brazileng
dc.subjectTeaching Historyeng
dc.subjectPolice-military inquiryeng
dc.subject.cnpqCIENCIAS HUMANAS::HISTORIAeng
dc.titleA história do ensino de História e a formação da elite intelectual brasileira: uma análise a partir da história nova do Brasil (1963-1965)eng
dc.typeTeseeng

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