Contra os tigres de papel: juventude, cinema e resistência ao regime militar em Goiás no filme "A Fraude" (1968)

dc.contributor.advisor1Teixeira , Rafael Saddi
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/2919949012379731
dc.contributor.referee1Teixeira , Rafael Saddi
dc.contributor.referee2Abdala Júnior, Roberto
dc.contributor.referee3Oliveira, Alcilene Cavalcante de
dc.contributor.referee4Cardoso, Maria Abadia
dc.contributor.referee5Távora, Adérito Schneider Alencar e
dc.creatorEstevão, Lara Damiane de Oliveira
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/0475700222131765
dc.date.accessioned2025-03-21T18:38:29Z
dc.date.available2025-03-21T18:38:29Z
dc.date.issued2025-02-12
dc.description.abstractIn 1968, a group composed mainly of young students filmed the short movie A Fraude in Goiânia to compete in the IV Amateur Film Festival organized by Jornal do Brasil, an important platform for showcasing films in the second half of the 1960s. Directed by Jocelan Melquíades de Jesus, the film portrays Luiz, a student who became an excedente – those who achieved a sufficient score in the university entrance exam but was not admitted due to a lack of available spots – during the admissions process for the Faculty of Medicine at the Federal University of Goiás (UFG) in 1968. During the military dictatorship, resistance through cultural action was also reflected in the activities of intellectuals and artists in Goiás. This study analyzes the production process of A Fraude and employs film analysis to understand how youth appropriated cinema as a form of resistance against the Brazilian military dictatorship. That year, prospective students took to the streets of the state capital, Goiânia, alleging that the UFG administration itself had perpetrated fraud in the admissions process. Through the film's imagery, the creators captured the specificities of the conflicts between the military regime, universities, and students in Goiás, addressing the theme of underdevelopment and denouncing the government’s subservience to U.S. imperialism, as expressed through the MEC-Usaid agreements. In alignment with the aesthetic and narrative tendencies of Brazilian modern cinema, a group of students filmed reality to confront it, constructing a perspective on Goiânia, the student revolt, and the military dictatorship through the use of allegory, with a tone that oscillates between didacticism and exasperation.eng
dc.description.resumoNo ano de 1968, um grupo composto majoritariamente por jovens estudantes, gravou em Goiânia o curta-metragem A fraude para competir no IV Festival de Cinema Amador do Jornal do Brasil, importante janela de exibição de filmes na segunda metade da década de 1960. Dirigido por Jocelan Melquíades de Jesus, a película narra a história de Luiz, um estudante pré-vestibulando, ao se tornar um excedente – nome dado a quem atingia a nota de corte no processo seletivo das universidades, mas não era matriculado pela falta de vagas – no vestibular da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás no ano de 1968. Durante a ditadura militar, a resistência em forma de ação cultural também se atestou nas movimentações dos intelectuais e dos artistas no estado de Goiás. Este trabalho analisa o processo de realização de A Fraude e utiliza a análise fílmica para compreender como a juventude se apropriou do cinema como prática de resistência contra a ditadura militar brasileira. Naquele ano, os vestibulandos ocuparam as ruas da capital goiana, denunciando ter havido uma fraude, promovida pela própria gestão da UFG, no processo seletivo. Por meio das imagens do filme, os realizadores capturaram as especificidades dos conflitos entre o regime militar, as universidades e os estudantes em Goiás, tematizando o subdesenvolvimento e denunciando a subserviência do governo militar ao imperialismo norte-americano, expressos pelos acordos MEC-Usaid. Em sintonia com as tendências estéticas e narrativas do cinema brasileiro moderno, um grupo de estudantes filmou a realidade para combatê-la, organizando um olhar sobre Goiânia, a revolta estudantil e a ditadura militar a partir do uso da alegoria, em uma tônica que flutua entre o didatismo e a exasperação.
dc.identifier.urihttp://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/13975
dc.languagePortuguêspor
dc.publisherUniversidade Federal de Goiáspor
dc.publisher.countryBrasilpor
dc.publisher.departmentFaculdade de História - FH (RMG)
dc.publisher.initialsUFGpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-graduação em História (FH)
dc.relation.referencesESTEVÃO, L. D. O. Contra os tigres de papel: juventude, cinema e resistência ao regime militar em Goiás no filme "A Fraude" (1968). 2025. 124 f. Dissertação (Mestrado em História) - Faculdade de História, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2025.
dc.rightsAcesso Aberto
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
dc.subjectDitadura militar brasileirapor
dc.subjectCinema goianopor
dc.subjectResistência culturalpor
dc.subjectCinema modernopor
dc.subjectBrazilian military dictatorshipeng
dc.subjectGoiano cinemaeng
dc.subjectCultural resistanceeng
dc.subjectModern cinemaeng
dc.subject.cnpqCIENCIAS HUMANAS::HISTORIA
dc.titleContra os tigres de papel: juventude, cinema e resistência ao regime militar em Goiás no filme "A Fraude" (1968)
dc.title.alternativeAgainst the paper tigers: youth, cinema, and resistance to the military dictatorship in Goiás in the film “A Fraude” (1968)eng
dc.typeDissertação

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