Insegurança urbana e controle social: práticas espaciais e segregação em Araguaína -TO

dc.contributor.advisor1Castilho, Denis
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/4271473426990028pt_BR
dc.contributor.referee1Castilho, Denis
dc.contributor.referee2Druciak, Vinícius Polzin
dc.contributor.referee3Brito, Eliseu Pereira de
dc.contributor.referee4Oliveira, Leandro Dias de
dc.contributor.referee5Deus, João Batista de
dc.creatorDias, Reges Sodré da Luz Silva
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/2155473636679484pt_BR
dc.date.accessioned2021-12-30T11:39:23Z
dc.date.available2021-12-30T11:39:23Z
dc.date.issued2021-11-29
dc.description.abstractThe appropriation of places is not possible without the contribution of multiple senses that are socially constructed. One of them is insecurity, through which the social agents are constantly giving a sense of security and insecurity to those places. That construction of space is articulated in the immediate imaginary plan and it materialized through spatial practices. There are no imaginary practices without the mediation of values that could direct them and those are constituted by hierarchies. They become comprehensive when they are analyzed in the light of established relations in the social and geographical space. In heteronomous societies, the values are instrumentalized to domination and control. Bearing that theoretical-conceptual context, this work aims to comprehend the influence of urban insecurity in the spatial practices of the inhabitants and the restructuration of Araguaína city. Therefore, this work starts with the senses of insecurity constructed in the appropriation of the city, right to the control that they reveal in the field of social-spatial relations, being the segregation and the fragmentation its greatest spatial expression. For this, this work was made in four stages: first, the analysis of imaginaries of insecurity spread by the media; second, the identification of spatial practices of the residents; third, the analysis of control devices used for the insecurity “combat”: fourth, the analysis of public spaces formation and closed condominiums in Araguaína. In relation to the methodology, this research is based on a bibliographic revision, surveys of media information, data from Atlas da Violência, Araguaína city hall, and IBGE; also, fieldwork that implies observation, photographic reports, interviews, and mapping. Insecurity became one of the main components in the places’ construction for Araguainenses, intensified from the end of the first decade of this century. It is true that effectively from one side there was an increment of violence with the territorialization and conflict of national groups in the city referred to murders, from the other, occurred the extension of the media and social networks, the emergence of horizontal closed condominiums, the proliferation of popular sectors in the periphery apart to the social consolidated context, the emergence of new centralities and actions implanted by the city hall (e.g. the creation of municipality guards and a monitoring system in some strategic places cemented the perception that the risks increased). In a more abstract sense, this research reveals that insecurity works as a class device to legitimate socio-political actions of control and segregation. In the subjective aspect, the construction of places (safe/unsafe) is made by the presence/proximity of similar, justifying the adoption of distancing strategies without being any sense of guilt. The agents of the dominant elites and the local middle class get some fractions of the city in a selective manner and feed prejudices (spatial) for the poor periphery, where they have never gone before because poor people are stigmatized and humiliated, especially by the places that they live and visit. In the politic-economic context, insecurity is mobilized to justify the construction of condominiums, works or urban revitalization, creation of institutional arrangements, suffocation of social movements, plan control, and administration of the city. Even though the creation of public spaces (squares and parks) is segmented by the senses of safe/unsafe, avoiding that they effectively become public. Under insecurity is enshrined, in general, self-government and of the others, segregation and self-segregation.eng
dc.description.provenanceSubmitted by Marlene Santos (marlene.bc.ufg@gmail.com) on 2021-12-29T14:43:21Z No. of bitstreams: 2 Tese - Reges Sodré da Luz Silva Dias - 2021.pdf: 7096350 bytes, checksum: 69f4ad822708057085e64aaaff7f7d4b (MD5) license_rdf: 805 bytes, checksum: 4460e5956bc1d1639be9ae6146a50347 (MD5)en
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dc.description.resumoA apropriação dos lugares não se faz sem a atribuição de uma multiplicidade de sentidos que são construídos socialmente. Um desses sentidos é a insegurança, por meio da qual os agentes sociais estão no cotidiano constantemente atribuindo a esses lugares sentidos como de segurança ou de insegurança. Essa construção do espaço se articula no plano imediato via imaginários e se materializa pelas práticas espaciais. Não existe imaginário e, por conseguinte, práticas, sem mediação de valores que os orientem, e estes são sempre constituídos por hierarquias. Estas se tornam compreensivas quando analisadas a luz das relações que se estabelecem no espaço social e geográfico. Em sociedades heterônomas os valores são instrumentalizados para dominação e controle. Considerando essa teia teórico-conceitual, este trabalho teve como objetivo compreender a influência da insegurança urbana nas práticas espaciais dos habitantes e na estruturação da cidade de Araguaína. Portanto, o trabalho parte dos sentidos de insegurança construídos na apropriação da cidade, em direção ao controle que os mesmos passam a relevar no âmbito das relações socioespaciais, sendo a segregação e a fragmentação sua maior expressão espacial. Para isso, o trabalho foi construído em quatro etapas: primeira, análise dos imaginários de insegurança difundidos pela mídia; segunda, identificação das práticas espaciais dos citadinos; terceiro, análise dos dispositivos de controle usados no “combate” à insegurança; quarto, análise da formação dos espaços públicos e de condomínios fechados em Araguaína. Em termos de procedimentos metodológicos, a pesquisa baseou-se em revisão bibliográfica; levantamento de reportagens da mídia, dados do Atlas da Violência, da prefeitura municipal de Araguaína e do IBGE; trabalho de campo, que envolveu observação, levantamento fotográfico e entrevistas; e mapeamento. A insegurança tem se transformado em um dos componentes centrais da construção dos lugares dos araguainenses, intensificada a partir do final da primeira década deste século. Se de um lado houve, com a territorialização e conflito de facções nacionais na cidade, efetivamente um aumento da violência, traduzida em assassinatos, de outro, a ampliação dos meios de comunicação e redes sociais, o surgimento de condomínios horizontais fechados, proliferação de setores populares na periferia descontínua ao tecido consolidado, o surgimento de novas centralidades e medidas implantadas pela prefeitura (ex. criação de guarda municipal e sistema de monitoramento em lugares estratégicos) cimentaram a percepção de que os riscos tinham se elevado. Em um sentido mais abstrato, a pesquisa revela que a insegurança funciona como dispositivo de classe para legitimar ações sociopolíticas de controle e de segregação. No plano subjetivo, a construção dos lugares (seguros/inseguros) é realizada pela presença/proximidade dos semelhantes, justificando-se adoção de estratégias de distanciamento dos perigosos, sem que isso se traduza em qualquer sentimento de culpa. Os agentes da elite dominante e classe média local se apropriam de forma seletiva de frações da cidade, enquanto nutrem preconceito (espacial) pela periferia pobre, onde boa parte deles nunca frequentou. Já os pobres são estigmatizados e humilhados, especialmente pelos lugares que habitam e frequentam. No plano político-econômico, a insegurança é mobilizada para justificar a construção de condomínios, obras de revitalização urbana, criação de arranjos institucionais, sufocamento de movimentos sociais, controle do planejamento e gestão da cidade. Mesmo a criação de espaços públicos (praças e parques) são segmentados pelos sentidos de seguro/inseguro, impedindo que eles sejam efetivamente públicos. Sob a insegurança se consagra, em geral, um governo de si e dos outros, a segregação e a autossegregaçãopt_BR
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESpt_BR
dc.identifier.citationSODRÉ, Reges. Insegurança urbana e controle social: práticas espaciais e segregação em Araguaína -TO. 2021. 364 f. Tese (Doutorado em Geografia) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2021.pt_BR
dc.identifier.urihttp://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/11824
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Goiáspt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentInstituto de Estudos Socioambientais - IESA (RG)pt_BR
dc.publisher.initialsUFGpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-graduação em Geografia (IESA)pt_BR
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/*
dc.subjectInsegurançapor
dc.subjectControlepor
dc.subjectSegregaçãopor
dc.subjectEstigmatizaçãopor
dc.subjectAraguaínapor
dc.subjectInsecurityeng
dc.subjectControleng
dc.subjectSegregationeng
dc.subjectStigmatizationeng
dc.subject.cnpqCIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA::GEOGRAFIA HUMANApt_BR
dc.titleInsegurança urbana e controle social: práticas espaciais e segregação em Araguaína -TOpt_BR
dc.title.alternativeUrban insecurity and social control: spatial practices and segregation in Araguaína -TOeng
dc.typeTesept_BR

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