"Reescrever minha história, virar a página, seguir em frente": trajetórias de mulheres pós-situações de violência

dc.contributor.advisor1Gonçalves, Eliane
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/7413052054334814por
dc.contributor.referee1Gonçalves, Eliane
dc.contributor.referee2Bandeira, Lourdes Maria
dc.contributor.referee3Durães, Telma Nascimento
dc.creatorBorges, Érika Nunes de Medeiros Ferreira
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/8306044752946817por
dc.date.accessioned2016-11-08T17:42:24Z
dc.date.issued2016-07-08
dc.description.abstractThe violence against women is a frequent problem in several life stories which marks subjectivities and memories. However, such personal experiences hardly ever are shared and heard. This research displaces to the public space of science a problem reputed to be in the private sphere of intimate relationships. Of qualitative approach, it consists of a set of five interviews with women currently living in Goiânia, who experienced the ambience of violence triggered by their partners - boyfriends or husbands. I seize the subjective meanings attributed to their experiences and I identify processes of subjectivation, with emphasis on the attempts of ressignification and resilience by the subject of the investigation, which, for its parts, points out possible ruptures with suffered violences. The study shows that, sometimes, there is a refusal to see violence as social-based process, but personal one associated with explosives and jealous behaviors. Also, the violence is displayed, in the cases investigated, as embodied, culturally contextualized and with historical specificities. Women who experienced violence remain covered by impotence, trauma, fear, psychological disorders, and lack of support of friends and family. Herewith, the study shows that even women, with high educational level and not financially dependent on their partners, have difficult to expose, denounce and seek professional help (except one who prosecuted her aggressor). The reported violence situations were not always the same, as they take different formats, in certain contexts and circumstances. However, there are common aspects shared across those women (and little less so in others), as the negative effects of violence still resonate in their lives and in whole society. Their sexist and misogynist violence survivor stories are a positive indicator whether we consider femicide the most severe end of the cycle of violence against women. Therefore, the interviews allowed to conclude that the women, who have suffered violence at the hands of their own partners, achieved to make new sense with their lives by pointing out the desire to rebuild something already –or soon to be – conquered in the narratives of them all. Their attempts to ressignification point to a shift in the balance of power, such as feminist studies underscore the theme of violence. The notion of subjectivity as an agency and not just slavery, leading to the possibility – at least in some contexts – of the strength and freedom of action.eng
dc.description.provenanceSubmitted by Cássia Santos (cassia.bcufg@gmail.com) on 2016-10-21T12:46:38Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Erika Nunes de Medeiros Ferreira Borges - 2016.pdf: 1274644 bytes, checksum: 7b30970dd1dc1e3c26a63ffcfc89c278 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)eng
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dc.description.resumoO problema da violência contra as mulheres é recorrente em diversas histórias de vida e marca as subjetividades e memórias, experiências que nem sempre são compartilhadas e ouvidas. Esta pesquisa traz para o espaço público da ciência uma problemática tida como da esfera das relações amorosas e, portanto, de âmbito privado. A pesquisa qualitativa é composta por um conjunto de cinco entrevistas com mulheres residentes em Goiânia que vivenciaram contextos de violência desencadeados por seus parceiros – namorados ou maridos. Capto significados subjetivos atribuídos às experiências vividas e identifico processos de subjetivação, com ênfase nas tentativas de ressignificação e de resistência pelos sujeitos da pesquisa, que sinalizem possíveis rupturas com a situação de violência sofrida. O estudo mostra que, por vezes, há a negação de que a violência seja socialmente engendrada, sendo percebida, assim, como traço idiossincrático de seus perpetradores, tais como comportamentos explosivos e ciúmes. A violência também se apresenta, nos casos pesquisados, como corporificada, culturalmente contextualizada e com especificidades históricas. As mulheres que vivenciaram situações de violência se apresentam ainda recobertas de impotência, traumas, medos, perturbações psicológicas e falta de apoio da família e das relações de amizade. Deste modo, o estudo mostra que mesmo mulheres com alta escolaridade, e não dependentes financeiramente de seus companheiros, têm dificuldade de expor, denunciar e buscar ajuda profissional, à exceção de uma que processou o agressor. As situações de violência relatadas não foram sempre iguais, por se apresentarem de modos variados, em contextos e circunstâncias específicas. Mas há aspectos comuns a todas (e outros nem tanto), sendo que os efeitos negativos da violência ainda repercutem em suas vidas, e também em toda a sociedade. Suas histórias de sobrevivência a tal violência sexista e misógina são um indicador positivo, considerando que o feminicídio é o ponto final (e mais grave) do ciclo da violência contra as mulheres. Portanto, as entrevistas permitiram concluir que as mulheres que sofreram violência de seus companheiros conseguiram dar um significado novo às suas vidas, apontando o desejo de as reconstruir, algo já - ou próximo de ser - conquistado nas narrativas de todas elas. Suas tentativas de ressignificação apontam para um deslocamento nas relações de poder, tal como ressaltam estudos feministas que se ocupam do tema das violências. A noção de subjetivação como agência e não apenas como sujeição, conduz à possibilidade - ao menos em alguns contextos - de resistência e liberdade de ação.por
dc.description.sponsorshipConselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPqpor
dc.formatapplication/pdf*
dc.identifier.citationBORGES, Érika Nunes de Medeiros Ferreira. "Reescrever minha história, virar a página, seguir em frente": trajetórias de mulheres pós-situações de violência. 2016. 123 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2016.por
dc.identifier.urihttp://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/6464
dc.languageporpor
dc.publisherUniversidade Federal de Goiáspor
dc.publisher.countryBrasilpor
dc.publisher.departmentFaculdade de Ciências Sociais - FCS (RG)por
dc.publisher.initialsUFGpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-graduação em Sociologia (FCS)por
dc.rightsAcesso Abertopor
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
dc.subjectViolência contra as mulherespor
dc.subjectGêneropor
dc.subjectSujeitopor
dc.subjectAgênciapor
dc.subjectFeminismopor
dc.subjectViolence against womeneng
dc.subjectGendereng
dc.subjectSubjecteng
dc.subjectAgencyeng
dc.subjectFeminismeng
dc.subject.cnpqCIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIApor
dc.title"Reescrever minha história, virar a página, seguir em frente": trajetórias de mulheres pós-situações de violênciapor
dc.title.alternative“Rewrite my story, turn the page, move on”: life stories of women after domestic abuseeng
dc.typeDissertaçãopor

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