Avaliação do risco de extinção e priorização espacial para conservação de aves no Brasil
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Data
2014-03-19
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Editor
Universidade Federal de Goiás
Resumo
Mais especificamente, o primeiro capítulo tem como foco a avaliação do risco de
extinção das espécies de aves brasileiras (exceto marinhas) e representatividade nas
Unidades de Conservação. Assim, o objetivo foi de (1) avaliar como as variáveis atuam
definindo o risco de extinção das espécies, (2) avaliar se e como o risco de extinção está
geograficamente estruturado e (3) avaliar a representatividade das espécies nas
Unidades de Conservação (em presença de espécies e proporção de sua distribuição
geográfica). Para responder tais perguntas, nos modelamos o risco de extinção de 1557
espécies de aves usando Árvore de Classificação e avaliamos a contribuição de cada
variável para a determinação do risco de extinção, avaliando também a representação e
proporção da distribuição geográfica nas Unidades de Conservação brasileira. A
conversão de habitat foi a variável mais importante, seguida pelo tamanho da
distribuição geográfica. O Cerrado abriga alta proporção de espécies ameaçadas e, de
modo geral, a representatividade das aves é baixa nas Unidades de Conservação.
No segundo capítulo também focamos na avaliação do risco de extinção e
representatividade nas Unidades de Conservação, porém para espécies de aves
marinhas. Nosssos objetivos foram de (1) avaliar como as variáveis atuam definindo o risco de extinção das aves marinhas, (2) definir quais variáveis são mais importantes na
determinação do risco de extinção das espécies, (3) avaliar como o risco de extinção
está geograficamente estruturado e (4) avaliar a efetividade das Unidades de
Conservação Marinhas em representar espécies com alto e baixo risco de extinção. Para
responder tais perguntas, nós modelamos o risco de extinção de 54 espécies de aves
marinhas usando Árvore de Classificação e avaliamos a contribuição de cada variável
para a determinação do risco de extinção. O tamanho da distribuição geográfica
reprodutiva e a captura acidental por navios de pesca foram as variáveis mais
importantes. Além disso, demonstramos que as Unidades de Conservação marinhas não
são efetivas para proteger as aves marinhas, representando menos de 10% das
distribuições no território brasileiro.
Para complementar a avaliação do risco de extinção das aves e sua
representatividade nas Unidades de Conservação, no terceiro capítulo focamos na
avaliação da eficiência, em termos de custo-benefício, de diferentes estratégias de
seleção de áreas prioritárias no Brasil. Assim, nosso objetivo foi de avaliar se (1) a
estratégia de definição de áreas prioritárias é mais eficiente se aplicada em escala
nacional, de biomas ou Estadual, (2) existe um balanço entre eficiência e vantagens
para a biodiversidade quando comparamos as diferentes escalas, e (3) qual a melhor
estratégia de conservação quando o custo e benefícios são igualmente pesados. A
estratégia aplicada em escala nacional foi aquela com maior eficiência e com mais
vantagens, em termo de conservação da biodiversidade de aves no Brasil.
Descrição
Palavras-chave
Citação
SOUSA, N. M. Avaliação do risco de extinção e priorização espacial para conservação de aves no Brasil. 2014. 72 f. Tese (Doutorado em Ecologia e Evolução) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2014.