Memória Social e Guerrilha do Araguaia

dc.contributor.advisor1Viana, Nildo Silva
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/3744231559402924por
dc.contributor.referee1Junqueria, Ivanilda Aparecida Andrade
dc.contributor.referee2Pinheiro, Veralúcia
dc.contributor.referee3Sofiati, Flávio Munhoz
dc.creatorReis, Naurinete Fernandes Inácio
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/6307391501326419por
dc.date.accessioned2014-09-30T20:19:11Z
dc.date.issued2013-08-21
dc.description.abstractThe Araguaia region, historically characterized by social and land conflicts, is today marked by the memory of the Guerrilla (1972-1975), since the changes occurring on the Araguaia lands as a result of this movement have wrought the need for organization of peasant movements who seek knowledge and recognition of historical experiences. The peasants of Araguaia, involved in a gunfight between The Communist Party of Brazil (PC do B) militants, who allegedly fought against the military dictatorship in the country and for the construction of a popular revolutionary government, and the military, who were supported by the ideological discourse of national defense and the ensuring of law and order, had their daily lives changed. In this sense, the present work has as its theme the social memory of the Araguaia Guerrilla, triggered at the boundaries of the regions of south and southeast of Pará, north of Tocantins (at the time, state of Goiás) and west of Maranhão and analyzes, through social memory, the perception of those involved, especially the peasants, on the Araguaia guerrilla and on the intervention of the same in peasant life. In this perspective, this study is aimed at understanding the fundamental elements of peasants‘ social memory on the Guerrilla as well as answering the following questions: What is the perception that the peasants had/have about the Guerrilla, about the armed forces in confrontation and their strategic political projects for the region and for the people? What motivations led the peasants to "contribute" to the Guerrilla or to fight against it? And how the memory of the Guerrilla works in peasants‘ everyday life? The methodological procedures used in this study consisted, besides the literature and documents, mainly on interviews with those who lived in the context of the Guerrilla. As a theoretical frame work we consider the assumption that the memory is socially constructed as a result of historical and social processes, being thus an active, selective, reflective and continuously constructed process. We were supported by the contributions of authors like Maurice Halbwachs, Frederic Charles Bartlett, Michael Pollak, Jacques Le Goff, Fernando Rosas and NildoViana, among others. Assuming that social memory should be analyzed taking into consideration its relationship with the historical and social conditions in which it is produced, the social memory was critically analyzed, which enabled us to confirm the hypothesis that the construction of memory on the Araguaia Guerrilla undergoes a process of dispute and conflict involving several forces and agents, and therefore that the perception of peasants on the Guerrilla is constructed from social determinations, as well as individual values and socially constituted feelings. Thus, it is configured as a space of contestation, resistance, meaning construction and class struggle.eng
dc.description.provenanceSubmitted by Jaqueline Silva (jtas29@gmail.com) on 2014-09-30T20:14:17Z No. of bitstreams: 2 dissertação - Naurinete Fernandes Inácio Reis - 2013.pdf: 3302404 bytes, checksum: 45f9f97edea25511b38bba0ccf4a3800 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5)eng
dc.description.provenanceApproved for entry into archive by Jaqueline Silva (jtas29@gmail.com) on 2014-09-30T20:19:11Z (GMT) No. of bitstreams: 2 dissertação - Naurinete Fernandes Inácio Reis - 2013.pdf: 3302404 bytes, checksum: 45f9f97edea25511b38bba0ccf4a3800 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5)eng
dc.description.provenanceMade available in DSpace on 2014-09-30T20:19:11Z (GMT). No. of bitstreams: 2 dissertação - Naurinete Fernandes Inácio Reis - 2013.pdf: 3302404 bytes, checksum: 45f9f97edea25511b38bba0ccf4a3800 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Previous issue date: 2013-08-21eng
dc.description.resumoA região do Araguaia, historicamente caracterizado pelos conflitos sociais e fundiários, é hoje marcada pela memória da Guerrilha (1972 a 1975), pois as transformações ocorridas nas terras do Araguaia em decorrência desse movimento têm forjado a necessidade de organização de movimentos camponeses visando o conhecimento e reconhecimento de experiências históricas. Os camponeses do Araguaia, envolvidos numa luta armada entre militantes do PC do B, que supostamente lutavam contra a ditadura militar no país e pela construção de um governo popular e revolucionário, e as Forças Armadas, respaldadas no discurso ideológico da defesa nacional e da garantia da lei e da ordem, tiveram seu cotidiano alterado. Neste sentido, o presente trabalho tem como tema a memória social da Guerrilha do Araguaia, deflagrada nos limites territoriais das regiões do sul e sudeste do Pará, norte do estado do Tocantins (à época, estado de Goiás) e oeste do Maranhão e analisa, através da memória social, a percepção dos envolvidos, notadamente dos camponeses, sobre a guerrilha do Araguaia, sobre a intervenção da mesma na vida camponesa. Nesta perspectiva, este estudo é direcionado para a compreensão dos elementos fundamentais da memória social camponesa da Guerrilha, bem como das seguintes questões: Qual a percepção que os camponeses tinham/têm da Guerrilha, das forças armadas em confronto, bem como dos respectivos projetos políticos estratégicos para a região e para a população? Quais motivações levaram os camponeses a ―contribuir‖ com a Guerrilha ou com o combate à mesma? E, de que forma a memória da Guerrilha atua no cotidiano dos camponeses hoje? Os procedimentos metodológicos utilizados nesse estudo consistiram, além da pesquisa bibliográfica e documental, principalmente, na realização de entrevistas com os que viveram e conviveram no contexto da Guerrilha. Como referencial teórico, parte-se do pressuposto de que a memória é construída socialmente, como resultados de processos históricos e sociais, consequentemente um processo ativo, seletivo, reflexivo e em contínua construção. Lançamos mão das contribuições de alguns autores, dentre o quais: Maurice Halbwachs, Frederic Charles Bartlett, Michael Pollak, Jacques Le Goff, Fernando Rosas, Nildo Viana, entre outros. Partindo do pressuposto de que a memória social deve ser analisada levando-se em consideração sua relação com as condições históricas e sociais na qual é produzida, a memória social foi analisada criticamente, o que nos possibilitou confirmar a hipótese de que a construção da memória sobre a Guerrilha do Araguaia passa por um processo de disputa e conflitos envolvendo diversas forças e agentes e, por conseguinte, a percepção camponesa da Guerrilha é construída a partir de determinações sociais, bem como de valores e sentimentos individuais constituídos socialmente. Dessa forma, a mesma se configura como espaço de contestação, de resistência, de construção de significados e de luta de classes.por
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESpor
dc.formatapplication/pdf*
dc.identifier.citationREIS, Naurinete Fernandes Inácio. Memória Social e Guerrilha do Araguaia. 2013. 172 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia.por
dc.identifier.urihttp://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/3231
dc.languageporpor
dc.publisherUniversidade Federal de Goiáspor
dc.publisher.countryBrasilpor
dc.publisher.departmentFaculdade de Ciências Sociais - FCS (RG)por
dc.publisher.initialsUFGpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-graduação em Sociologia (FCS)por
dc.relation.referencesBAKHTIN, Mikhail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. 8. ed. São Paulo: Hucitec, 1997. BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembranças de velhos. 7. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. CAMPOS FILHO, Romualdo Pessoa. Guerrilha do Araguaia: a esquerda em armas. Goiânia: Editora da UFG, 2003. CLAUZEWITZ, Carl Von. Da guerra. São Paulo: Martins Fontes, 1979. EMMI, Marília Ferreira. A oligarquia do Tocantins e domínio dos castanhais. Belém: UFPA/NAEA. 1999. FREITAS, Sônia Maria de. História Oral: possibilidades e procedimentos. São Paulo: Imprensa Oficial, 2002. GONÇALVES, Antônio C. Questões de antropologia social e cultural. Porto- Portugal: Afrontamento, 1997. GORENDER, Jacob. Combate nas trevas. A esquerda brasileira: das ilusões perdidas à luta armada. São Paulo: Ática, 1987. HALBWACHS, Maurice. A Memória coletiva. São Paulo: Centauro. 2004. HEBETTE, Jean. Cruzando a fronteira: 30 anos de estudo do campesinato na Amazônia. Vol. I; Belém: EDUFPA, 2004a. HEBETTE, Jean. Cruzando a fronteira: 30 anos de estudo do campesinato na Amazônia. Vol. II; Belém: EDUFPA, 2004b. HEBETTE, Jean. Cruzando a fronteira: 30 anos de estudo do campesinato na Amazônia. Vol. III; Belém: EDUFPA, 2004c. IANNI, Octavio. A luta pela terra; história social da terra e da luta pela terra numa área da Amazônia. Petrópolis: Vozes, 1981. JODELET, Denise. Org. Representação social: um domínio em expansão. In: As representações. Rio de Janeiro: Editora da UERJ, 2001. LE GOFF, Jacques. História e Memória. Tradução de Bernardo Leilão. 5. ed. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 2003. LOUREIRO, Violeta Refkalefsky. Amazônia: história e análise de problemas (do período da borracha aos dias atuais). Belém: Distribel, 2002. MARTINS, José de Souza. Os camponeses e a política no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1981. MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã. Trad. José Carlos Bruni e Marco Aurélio Nogueira. São Paulo: HUCITEC, 1989. ______. Manifesto do Partido Comunsta. Porto Alegre: L & PM, 2011. MARX, Karl. O Capital. Vol. 1, 2ª edição, São Paulo, Nova Cultural, 1988. ______. O capital: crítica da economia política. Vol. 1. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998. MARX, Karl et alii. Escritos militares. São Paulo: Global Editora, 1981. MINAYO, Maria cecília. O conceito de representações sociais dentro da sociologia clássica. In: GUARESCHI, Pedrinho; JOVCHELOVITCH, Sandra (Org.). Textos em representações sociais. Petrópolis: Vozes, 1994. MOSCOVICI, Serge. O fenômeno das representações sociais. In: Representações sociais: investigações em psicologia social. Petrópolis (RJ): Vozes, 2002. MOSCOVICI, Serge. A história e a atualidade das representações sociais. In: Representações sociais: investigações em psicologia social. Petrópolis (RJ): Vozes, 2002. MOURA, Clóvis. Diário da Guerrilha do Araguaia. São Paulo: Alfa-Ômega, 1979. NASCIMENTO, Durbens Martins. A guerrilha do Araguaia: paulistas e militares na Amazônia. 2000. 199 f. Dissertação (Mestrado Internacional em Planejamento do Desenvolvimento) – Universidade Federal do Pará, Belém, 2000. PEIXOTO, Rodrigo Corrêa Diniz. Memória social da Guerrilha do Araguaia e da guerra que veio depois. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, v. 6, n. 3, p. 479-499, set.-dez. 2011. POLLAK, Michael. Memória, esquecimento, silêncio. Revista de estudos Históricos, Vol. 2, n. 3, Rio de Janeiro, 1989. ______. Memória e identidade social. Revista de estudos Históricos, Vol. 5, n. 10. Rio de Janeiro, 1992. POMPE, Carlos. (preparação e revisão). Guerrilha do Araguaia – Documentos inéditos do PC do B. São Paulo: Anita Garibaldi, 1996. PORTELA, Fernando. Guerra de Guerrilhas no Brasil. São Paulo: Global, 1986. ROSAS, Fernando. Seis teses sobre memória e hegemonia, ou o retorno da política. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, v. 1, n. 1, p. 84-87, Londrina. 2009. SALES, Jean Rodrigues. Entre o fechamento e a abertura: a trajetória do PC do B da guerrilha do Araguaia à Nova República (1974-1985). História, v. 26, n. 2, p. 340-365, São Paulo, 2007. ______. PC do B conta a sua história: tradição, memória e identidade política. Diálogos, DHI/UEM, v. 6. p. 155-171, 2002 SANTOS, Myrian Sepúlveda. Memória Coletiva e Teoria Social. São Paulo, Annablume, 2003. STUDART, Hugo. A Lei da Selva: estratégias, imaginário e discurso dos militares sobre a Guerrilha do Araguaia. São Paulo: Geração Editorial, 2006. TSÉ-TUNG, Mao. Escritos militares. Goiânia: Libertação, 1981. VELHO, Otávio Guilherme. Capitalismo autoritário e campesinato. São Paulo: DIFEL, 1979. VELHO, Otávio Guilherme. Frente de Expansão e Estrutura Agrária: Estudo do Processo de Penetração numa área da Transamazônica. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Zahar, 1981. VIANA, Nildo. Introdução à Sociologia. Belo Horizonte, Autêntica, 2006b. ______. Memória e sociedade: uma breve discussão teórica sobre memória social. Espaço Plural - Ano VI - Nº 14 - 1º Semestre de 2006a — Versão eletrônica disponível na internet: www.unioeste.br/saber. ______. Acumulação Capitalista e Golpe de 1964. Revista História & Luta de Classes, Rio de Janeiro, v. 01, n. 01, p. 19-27, 2005. ______. Senso comum, representações sociais e representações cotidianas. Bauru, São Paulo: Edusc, 2008. ______. Marx e o modo de produção camponês. In: SILVA, J. S. da; PEIXOTO, M. A.; VIANA, Nildo (org.); FERNANDES, O. B.; RODRIGUES, U. B. Temas de Sociologia Rural. Pará de Minas, MG: Virtualbooks, 2009.por
dc.rightsAcesso Abertopor
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
dc.subjectMemória socialpor
dc.subjectCamponesespor
dc.subjectGuerrilha do Araguaiapor
dc.subjectSocial memoryeng
dc.subjectPeasantseng
dc.subjectAraguaia Guerrillaeng
dc.subject.cnpqSOCIOLOGIA::OUTRAS SOCIOLOGIAS ESPECIFICASpor
dc.thumbnail.urlhttp://repositorio.bc.ufg.br/tede/retrieve/9108/disserta%c3%a7%c3%a3o%20-%20Naurinete%20Fernandes%20In%c3%a1cio%20Reis%20-%202013.pdf.jpg*
dc.titleMemória Social e Guerrilha do Araguaiapor
dc.title.alternativeSocial memory and Araguaia Guerrilhaeng
dc.typeDissertaçãopor

Arquivos

Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
dissertação - Naurinete Fernandes Inácio Reis - 2013.pdf
Tamanho:
3.15 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição:
Licença do Pacote
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
license.txt
Tamanho:
2.11 KB
Formato:
Item-specific license agreed upon to submission
Descrição: