Injustiça estrutural e responsabilidade política compartilhada no pensamento de Iris Marion Young

dc.contributor.advisor1Roriz, João Henrique Ribeiro
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/1358433023080116pt_BR
dc.contributor.referee1Roriz, João Henrique Ribeiro
dc.contributor.referee2Silva, Adriano Correia da
dc.contributor.referee3Negamine, Renata Reverendo Vidal Kawano
dc.creatorAraujo, Rayanne Saturnino de
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/4865161991529356pt_BR
dc.date.accessioned2023-01-24T12:06:52Z
dc.date.available2023-01-24T12:06:52Z
dc.date.issued2019-09-20
dc.description.abstractIris Marion Young (1949-2006) researched topics such as gender, social oppression, democracy, justice, race, equality, globalization, and international relations. In this research, I propose to explore your reflections on the theme of justice, specifically, I want to understand how the concept of shared political responsibility, developed by her, becomes central to the reduction of structural injustices. To this end, I make a conceptual analysis of Young’s reflections on the themes of justice/injustice, recognition, democracy and political responsibility. In this process I analyze several concepts that Young elaborated to: make a critique of the distributive paradigm of justice; situate democracy as a means to promote justice; and devise a way to consider the unintentional actions of individuals on the theme of justice. I consider as research source her three main books: Justice and the Politics of Difference (1990), Inclusion and Democracy (2002), and Responsibility for Justice (2011) and other articles related to the topics covered. It was possible to identify that Young’s thought has many contributions to the theme of justice, but there are also some underdeveloped aspects. Young understands that justice must be grounded in Habermas’s ethics of communicative action, not in the notion of social contract as Rawls does. She suggests that we should broaden the scope of justice beyond distributive issues to consider other types of relationships that also give rise to injustices, such as division of labor, decision-making processes, and culture. Young is more concerned with identifying processes of injustice that can be resolved than with devising a perfectly just society. It follows that she does not have a clear and systematized concept of what she understands for justice. For her we must consider that a situation is unfair when social groups, in detriment of the structural position they occupy, suffer domination or oppression. As a result, injustice to Young is structural. Democracy is placed by the philosopher as the central way to promote justice, which when does not work well can contribute to injustice by keeping certain groups excluded. For this reason, Young reviews the conception of deliberative democracy to make it more inclusive of marginalized social groups. She proposes to broaden the mechanisms of communication, review the notion of representation and reflect on governance exercised at the local and global levels. In this discussion, Young suggests that we should push democracy across borders. Finally, to consider how unintended individual actions link to unfair structural social processes, Young consider the level of structural action of individuals rather than the interactional level. At the structural level people contribute to unfair processes through everyday habits and practices, so their actions and choices must be subject to some kind of judgment - political responsibility. For this reason, Young was concerned with defining the kind of responsibility we should give individuals for injustice, as their actions are being disregarded by theories of justice, although they are fundamental to making the world less unfair.eng
dc.description.provenanceSubmitted by Marlene Santos (marlene.bc.ufg@gmail.com) on 2023-01-23T19:47:01Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Rayanne Saturnino de Araujo - 2019.pdf: 3071179 bytes, checksum: ef67cebbc0b0d5f4e57b9d59644199dd (MD5) license_rdf: 805 bytes, checksum: 4460e5956bc1d1639be9ae6146a50347 (MD5)en
dc.description.provenanceApproved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2023-01-24T12:06:51Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Rayanne Saturnino de Araujo - 2019.pdf: 3071179 bytes, checksum: ef67cebbc0b0d5f4e57b9d59644199dd (MD5) license_rdf: 805 bytes, checksum: 4460e5956bc1d1639be9ae6146a50347 (MD5)en
dc.description.provenanceMade available in DSpace on 2023-01-24T12:06:52Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Rayanne Saturnino de Araujo - 2019.pdf: 3071179 bytes, checksum: ef67cebbc0b0d5f4e57b9d59644199dd (MD5) license_rdf: 805 bytes, checksum: 4460e5956bc1d1639be9ae6146a50347 (MD5) Previous issue date: 2019-09-20en
dc.description.resumoIris Marion Young (1949-2006) pesquisou sobre temas como gênero, opressão social, democracia, justiça, raça, igualdade, globalização e relações internacionais. Nesta pesquisa, proponho explorar suas reflexões sobre o tema da justiça, em específico, pretendo compreender como o conceito de responsabilidade política compartilhada, desenvolvido por ela, se torna central para a redução das injustiças estruturais. Para tanto, faço uma análise conceitual das reflexões de Young sobre os temas da justiça/ injustiça, reconhecimento, democracia e responsabilidade política. Nesse processo analiso vários conceitos que Young elaborou para: tecer uma crítica ao paradigma distributivo da justiça; situar a democracia como meio para promover a justiça; e elaborar uma maneira de se considerar as ações não intencionais dos indivíduos para o tema da justiça. Considero como fonte de pesquisa os três principais livros dela: Justice and the Politics of Difference (1990), Inclusion and democracy (2002), e Responsibility for Justice (2011) e outros artigos relacionados aos temas abordados. Foi possível identificar que o pensamento de Young apresenta inúmeras contribuições para o tema da justiça, mas também existem alguns aspectos subdesenvolvidos. Young compreende que a justiça deve ser fundamentada na ética da ação comunicativa de Habermas, e não na noção de contrato social como faz Rawls. Ela sugere que devemos ampliar o escopo da justiça para além das questões distributivas, de forma a considerar outros tipos de relações que também dão origem a injustiças, como a divisão do trabalho, os processos de tomada de decisão e a cultura. Young se preocupa mais em identificar processos de injustiça que podem ser resolvidos do que idealizar uma sociedade perfeitamente justa. Daí decorre que ela não tem um conceito claro e sistematizado do que compreende por justiça. Para ela devemos considerar que uma situação é injusta quando grupos sociais, em detrimento da posição estrutural que ocupam, sofrem dominação ou opressão. Em decorrência disso, injustiça para Young é estrutural. A democracia é colocada pela filósofa como a forma central de promover a justiça, a qual quando não funciona bem pode contribuir para a injustiça na medida em que mantem determinados grupos excluídos. Por isso, Young revisa a concepção de democracia deliberativa, para torná-la mais inclusiva dos grupos sociais marginalizados. Ela propõe ampliar os mecanismos de comunicação, rever a noção de representação e refletir sobre a governança exercida no nível local e global. Nessa discussão, Young sugere que devemos levar a democracia para além das fronteiras. Por fim, para considerar como as ações individuais não intencionais se ligam a processos sociais estruturais injustos, Young considera o nível de ação estrutural dos indivíduos e não o nível interacional. No nível estrutural as pessoas contribuem com processos injustos por meio de hábitos e práticas cotidianas, por isso suas ações e escolhas devem ser submetidas a algum tipo de julgamento – a responsabilidade política. Por esse motivo, Young preocupou em definir o tipo de responsabilidade que devemos atribuir aos indivíduos pelas injustiças, já que suas ações estão sendo desconsideradas pelas teorias da justiça, embora sejam fundamentais para tornar o mundo menos injusto.pt_BR
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESpt_BR
dc.identifier.citationSATURNINO, Rayanne. Injustiça estrutural e responsabilidade política compartilhada no pensamento de Iris Marion Young. 2019. 181 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Politica) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2019.pt_BR
dc.identifier.urihttp://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/12577
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Goiáspt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentFaculdade de Ciências Sociais - FCS (RMG)pt_BR
dc.publisher.initialsUFGpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-graduação em Ciência Politica (FCS)pt_BR
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/*
dc.subjectIris Marion Youngpor
dc.subjectInjustiça estruturalpor
dc.subjectReconhecimentopor
dc.subjectDemocraciapor
dc.subjectResponsabilidade políticapor
dc.subjectStructural injusticeeng
dc.subjectRecognitioneng
dc.subjectDemocracyeng
dc.subjectPolitical responsibilityeng
dc.subject.cnpqCIENCIAS HUMANAS::CIENCIA POLITICA::POLITICA INTERNACIONAL::RELACOES I?INTERNACIONAIS, BILATERAIS E MULTILATERAISpt_BR
dc.titleInjustiça estrutural e responsabilidade política compartilhada no pensamento de Iris Marion Youngpt_BR
dc.title.alternativeStructural injustice and shared political responsibility in the thought of Iris Marion Youngeng
dc.typeDissertaçãopt_BR

Arquivos

Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
Dissertação - Rayanne Saturnino de Araujo - 2019.pdf
Tamanho:
2.93 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição:
Licença do Pacote
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
license.txt
Tamanho:
1.71 KB
Formato:
Item-specific license agreed upon to submission
Descrição: