A militarização verde na Amazônia brasileira e o fortalecimento de milícias no Pará durante o governo Bolsonaro

dc.contributor.advisor1Pfrimer, Matheus Hoffmann
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/9077557270352537
dc.contributor.referee1Pfrimer, Matheus Hoffmann
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/9077557270352537
dc.contributor.referee2Reis Netto, Roberto Magno
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/5368010317556530
dc.contributor.referee3Oliveira, Dijaci David de
dc.contributor.referee3Latteshttp://lattes.cnpq.br/9145111011143886
dc.creatorGomes, Luíza Oliveira
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/2156123317003709
dc.date.accessioned2025-07-23T17:21:11Z
dc.date.available2025-07-23T17:21:11Z
dc.date.issued2025-05-23
dc.description.abstractThis research seeks to analyze how the attempt of green militarization that occurred throughout Bolsonaro’s government (2019 to 2022) influenced the actions of militias in the Brazilian Amazon. To this end, through convergent factual construction, a triangulation of data was carried out from interviews conducted in this research, newspaper sources, documents, and secondary literature in order to factually observe the relationship between the militarization process in the Amazon and the actions of militias in the state of Pará. The study proposal was based on a reflexivist perspective of International Relations, aiming to overcome the traditional binomials of the discipline, such as global/local and public/private. In this sense, the theoretical approach of global assemblages of (in)security was mobilized, understanding the actions of militias in the interior of Pará through the spatial networks and precarious relationships they establish. In summary, it was identified that there was a plan of environmental destructuring composed of allegations of greed and international invasion that supposedly threatened the national interest; anti-environmental rhetoric and discourses of permissiveness towards crime; as well as attacks and initiatives to discredit and dismantle environmental preservation agencies. In this context, GLOs were used as the main "alternatives" in the fight against criminals and environmental crimes during the period, accompanied by the appointment of several military personnel without expertise in the area to high-ranking positions in environmental agencies. As a consequence, the criminal networks already present in the Amazon region found a favorable and propitious context for their action and expansion. Among these groups, there was a favoritism towards militias, also known in the region as armed security forces, which are groups that use both legal and illegal means as well as licit and illicit means to act in the provision of security services to environmental criminals. In particular, the actions of these groups are especially contradictory in the principle of their organization, since they are composed of employees of the public security apparatus, which gives them access to privileged information, the ability to hinder investigations and establish various relationships that benefit them in the search for profit. The results of the research revealed that the attempt at green militarization in the Amazon, promoted during Bolsonaro’s government, not only failed to contain illegal practices associated with deforestation and land grabbing, but also favored the consolidation and expansion of these groups in the region.eng
dc.description.resumoA presente pesquisa procura analisar como a tentativa de militarização verde ocorrida ao longo do governo Bolsonaro (2019 a 2022) influenciou a atuação de milícias na Amazônia brasileira. Para isso, por meio de construção factual convergente, realizou-se uma triangulação de dados a partir de entrevistas realizadas nesta pesquisa, fontes hemerográficas, documentais e literatura secundária com o intuito de observar factualmente a relação entre o processo de militarização na Amazônia e a atuação de milícias no estado do Pará. A proposta de estudo partiu de uma perspectiva reflexivista das Relações Internacionais, visando superar os binômios tradicionais da disciplina, como global/local e público/privado. Nesse sentido, mobilizou-se a abordagem teórica dos assemblages globais da (in)segurança, compreendendo a atuação das milícias no interior paraense por meio das redes espaciais e das relações precárias que estabelecem. Em síntese, identificou-se que houve um plano de desestruturação ambiental composto por alegações de cobiça e invasão internacional que supostamente ameaçavam o interesse nacional; retóricas antiambientais e discursos de permissividade ao crime; bem como ataques e iniciativas de descredibilização e sucateamento dos órgãos de preservação ambiental. Nesse contexto, foram empregadas GLOs como as principais "alternativas" no combate a criminosos e crimes ambientais no período, acompanhadas da nomeação de diversos militares sem expertise na área para altos cargos em órgãos ambientais. Como consequência, as redes criminosas já presentes na região amazônica encontraram um contexto favorável e propicio à sua atuação e expansão. Entre esses grupos, observou-se um favorecimento às milícias, também conhecidas, na região, como seguranças armadas, que se configuram como grupos que se utilizam tanto de meios legais e ilegais quanto lícitos e ilícitos para atuar no oferecimento de serviços de segurança a criminosos ambientais. Em particular, a atuação desses grupos se mostra especialmente contraditória no princípio de sua organização, visto que são compostos por funcionários do aparato de segurança pública, o que lhes concede acesso a informações privilegiadas, capacidade de dificultar investigações e estabelecer diversas relações que os beneficiam na busca pelo lucro. Os resultados da pesquisa revelaram que a tentativa de militarização verde na Amazônia, promovida durante o governo Bolsonaro, não somente falhou em conter práticas ilegais associadas ao desmatamento e à grilagem de terras, como também favoreceu a consolidação e a expansão desses grupos na região.
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
dc.identifier.citationGOMES, L. O. A militarização verde na Amazônia brasileira e o fortalecimento de milícias no Pará durante o governo Bolsonaro. 2025. 310 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Política) - Faculdade de Ciências Sociais, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2025.
dc.identifier.urihttps://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/14533
dc.languagePortuguêspor
dc.publisherUniversidade Federal de Goiáspor
dc.publisher.countryBrasilpor
dc.publisher.departmentFaculdade de Ciências Sociais - FCS (RMG)
dc.publisher.initialsUFGpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-graduação em Ciência Politica e Relações Internacionais (FCS)
dc.rightsAcesso Aberto
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
dc.subjectMilitarização verdepor
dc.subjectMilícias amazônicaspor
dc.subjectAssemblages globais da (in)segurançapor
dc.subjectGoverno Bolsonaropor
dc.subjectParápor
dc.subjectGreen militarizationeng
dc.subjectAmazonian militiaseng
dc.subjectGlobal assemblages of (in)securityeng
dc.subjectBolsonaro governmenteng
dc.subject.cnpqCIENCIAS HUMANAS::CIENCIA POLITICA::ESTADO E GOVERNO
dc.titleA militarização verde na Amazônia brasileira e o fortalecimento de milícias no Pará durante o governo Bolsonaro
dc.title.alternativeGreen militarization in the brazilian Amazon and the strengthening of militias in Pará during Bolsonaro’s governmenteng
dc.typeDissertação

Arquivos

Pacote Original

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
Dissertação - Luíza Oliveira Gomes - 2025.pdf
Tamanho:
4.77 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format

Licença do Pacote

Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
license.txt
Tamanho:
1.71 KB
Formato:
Item-specific license agreed upon to submission
Descrição: