Linguagem e realidade no crátilo 383A-390E

dc.contributor.advisor1Borges, Anderson de Paula
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/2037539775539289
dc.contributor.referee1Borges, Anderson de Paula
dc.contributor.referee2Araújo, Carolina de Melo Bomfim
dc.contributor.referee3Silva, José Lourenço Pereira da
dc.creatorNascimento, Eduardo Freitas
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/9949877284639409
dc.date.accessioned2025-04-04T20:18:25Z
dc.date.available2025-04-04T20:18:25Z
dc.date.issued2025-03-05
dc.description.abstractThis dissertation examines the relationship between language and reality in Plato’s Cratylus (383a- 390e), investigating how the philosopher conducts the dialectical examination of the theses of linguistic naturalism and conventionalism. The study analyzes the positions defended by Cratylus and Hermogenes, considering their ontological and epistemological commitments, and subsequently reconstructs Socrates' proposal in light of the concepts of φύσις (“nature”), οὐσία (“essence”), and εἶδος (“form”). It is demonstrated that Cratylus seeks to establish the necessary and sufficient criteria for a term N to be considered a “name”, arguing that only the true description of the nominatum via etymology serves as the foundation of naming. Hermogenes, in turn, investigates not only the necessary and sufficient criteria for a term N to be considered a "name" simpliciter but also the guidelines by which a “good name” is defined from a collective perspective. The study shows that Hermogenes’ conventionalist position is grounded in the articulation between the concepts of τιθέναι (“to establish” or “to impose”) and καλεῖν (“to call”), distinguishing two stages of naming: the imposition of names, governed by individual or collective decision, and the use of names, subject to underlying linguistic conventions. This research demonstrates that the Socratic thesis emerges from the dialectic between these two perspectives, proposing an intermediate conception in which naming must respect both the linguistic norms of the context of interlocution and the ontological structures of reality. The methodology combines philological and philosophical analysis, with a detailed examination of the Greek text and specialized bibliography. The results indicate that, in Cratylus 386e-390e, Plato outlines a highly sophisticated ontological theory, according to which objects possess stable properties and language, to be correct, must respect these attributes.eng
dc.description.resumoEsta dissertação examina a relação entre linguagem e realidade no trecho 383a-390e do Crátilo de Platão, investigando como o filósofo conduz o exame dialético das teses do naturalismo e do convencionalismo linguístico. O estudo analisa as posições defendidas por Crátilo e Hermógenes, considerando seus compromissos ontológicos e epistemológicos, para, em seguida, reconstruir a proposta de Sócrates à luz dos conceitos de φύσις (“natureza”), οὐσία (“essência”) e εἶδος (“forma”). Demonstra-se que Crátilo busca delimitar os critérios necessários e suficientes para que um termo N seja contabilizado como um “nome”, defendendo que apenas a descrição verdadeira do nominatum via etimologia seja o fundamento da nomeação. Hermógenes, por sua vez, investiga não apenas os critérios necessários e suficientes para que um termo N seja contabilizado como um “nome” simpliciter, mas também as diretrizes pelas quais definimos o que é um “bom nome”, na perspectiva coletiva. O estudo mostra que a posição convencionalista de Hermógenes é alicerçada na articulação entre os conceitos de τιθέναι (“estabelecer” ou “impor”) e καλεῖν (“chamar”), distinguindo dois estágios na nomeação: o da imposição dos nomes, regido pela decisão individual ou coletiva, e o do uso dos nomes, submetido às convenções linguísticas subjacentes. Essa pesquisa demonstra que a tese socrática emerge da dialética entre essas duas visões, propondo uma concepção intermediária na qual a nomeação deve respeitar tanto as normas linguísticas do contexto de interlocução quanto as estruturas ontológicas da realidade. A metodologia combina a análise filológica e filosófica, com um exame detalhado do texto grego e da bibliografia especializada. Os resultados indicam que, em Crátilo 386e-390e, Platão delineia uma teoria ontológica muito sofisticada, segundo a qual os objetos possuem propriedades estáveis e que a linguagem, para ser correta, deve respeitar esses atributos.
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
dc.identifier.citationNASCIMENTO, E. F. Linguagem e realidade no crátilo 383A-390E. 2025. 152 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) -Faculdade de Filosofia, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2025.
dc.identifier.urihttp://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/14035
dc.languagePortuguêspor
dc.publisherUniversidade Federal de Goiáspor
dc.publisher.countryBrasilpor
dc.publisher.departmentFaculdade de Filosofia - FAFIL (RMG)
dc.publisher.initialsUFGpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-graduação em Filosofia (FAFIL)
dc.rightsAcesso Aberto
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
dc.subjectCrátilopor
dc.subjectNaturalismopor
dc.subjectConvencionalismopor
dc.subjectNaturezapor
dc.subjectEssênciapor
dc.subjectFormapor
dc.subjectCratyluseng
dc.subjectNaturalismeng
dc.subjectConvencionalismeng
dc.subjectNatureeng
dc.subjectEssenceeng
dc.subjectFormeng
dc.subject.cnpqCIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA
dc.titleLinguagem e realidade no crátilo 383A-390E
dc.title.alternativeLanguage and reality in the cratylus 383A-390Eeng
dc.typeDissertação

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