Poder, resistência e verdade nos romances abolicionistas Úrsula, de Maria Firmina dos Reis, e a Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães

dc.contributor.advisor1Souza, Kátia Menezes de
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/1920351654350013pt_BR
dc.contributor.referee1Sousa, Kátia Menezes de
dc.contributor.referee2Fernandes Júnior, Antônio Fernandes
dc.contributor.referee3Santana, Jorge Alves
dc.contributor.referee4Matos, Marcos Fábio Belo
dc.contributor.referee5Brito, Tarsilla Couto de
dc.creatorRio, Ana Carla Carneiro
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/6028551966595089pt_BR
dc.date.accessioned2021-01-08T15:10:45Z
dc.date.available2021-01-08T15:10:45Z
dc.date.issued2020-11-30
dc.description.abstractCette thèse vise à analyser et décrire l'intersection entre le pouvoir, la résistance et la vérité, avec un œil attentif sur le discours chrétien basé sur des coupures faites à partir de scènes énonciatives produites dans les récits littéraires Úrsula, par Maria Firmina dos Reis, publiée dans Maranhão, en 1859 et A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães, publié à Rio de Janeiro, en 1874. Comme support théorique et méthodologique, nous avons opté pour les postulats de l'analyse du discours français (AD), en dialogue avec les propositions conceptuelles de Michel Foucault, en particulier le concept de résistance, pour discuter des relations de pouvoir et de vérité autour des déclarations sur l'abolition et le mandonisme patriarcal, en se concentrant sur les discours des personnages et des narrateurs. La notion de devenir, proposée par Gilles Deleuze et Félix Guattari, s'ajoute aux concepts de Foucault, puisque nous traitons le langage littéraire comme un champ de connaissance dans lequel il n'y a pas de limitation de sens, car nous comprenons l'auteur comme un «entre-lieux» dans le discours, qui est une stratégie d'analyse qui nous conduit à parcourir l'ensemble des énoncés qui s'appuient sur le même système de formation, donc la formation discursive. Pour ce travail, les voix des personnages et / ou des narrateurs des deux romans seront essentielles pour comprendre les régimes de vérité énoncés dans les romans, sur la base d'une analyse du discours de Foucault, comme il est montré comme une possibilité de réfléchir sur le sujet et les mailles de pouvoir qui se présentent dans l'ordre de la résistance. Cette discussion du pouvoir est nécessaire pour réfléchir aux façons dont le pouvoir subordonné est organisé et quelles «vérités» impliquent les paroles d'une situation donnée; comment les sujets s'y reconnaissent, car c'est dans la relation entre pouvoir, résistance et vérité que l'individu devient sujet. Les romans susmentionnés ont été produits sous l'égide de l'esclavage, tous deux présentent des thèmes à caractère abolitionniste et soulignent le rôle subalterne des femmes dans la société. Pour le développement des analyses, la méthode adoptée cherche chez Michel Foucault un tournant entre l'archéologie et la généalogie, donc une méthode archéo-généalogique, c'est-à-dire de réfléchir sur la question du pouvoir, dans sa «microphysique», relative à la constitution du savoir , de la production de discours de vérité. Nous ne sommes pas intéressés à comparer les romans pour établir un «vrai dicton» au détriment des autres, mais à analyser de véritables régimes d'œuvres à thèmes abolitionnistes dans lesquels l'un est canonique L'esclave Isaura et l'autre est en marge du canon d'Ursula, car la vérité ne existe sans pouvoir.fra
dc.description.provenanceSubmitted by Valéria Martins (valeriamartins@ufg.br) on 2021-01-08T14:49:54Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 805 bytes, checksum: 4460e5956bc1d1639be9ae6146a50347 (MD5) Tese - Ana Carla Carneiro Rio - 2020.pdf: 1954421 bytes, checksum: 53a9dc35c2f22621575ba16105f1ef21 (MD5)en
dc.description.provenanceApproved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2021-01-08T15:10:45Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 805 bytes, checksum: 4460e5956bc1d1639be9ae6146a50347 (MD5) Tese - Ana Carla Carneiro Rio - 2020.pdf: 1954421 bytes, checksum: 53a9dc35c2f22621575ba16105f1ef21 (MD5)en
dc.description.provenanceMade available in DSpace on 2021-01-08T15:10:45Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 805 bytes, checksum: 4460e5956bc1d1639be9ae6146a50347 (MD5) Tese - Ana Carla Carneiro Rio - 2020.pdf: 1954421 bytes, checksum: 53a9dc35c2f22621575ba16105f1ef21 (MD5) Previous issue date: 2020-11-30en
dc.description.resumoEsta tese objetiva analisar e descrever o cruzamento entre poder, resistência, e verdade, com olhar atento ao discurso cristão, a partir de recortes realizados de cenas enunciativas produzidas nas narrativas literárias Úrsula, de Maria Firmina dos Reis, publicada no Maranhão, em 1859, e A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães, publicada no Rio de Janeiro, em 1874. Como suporte teórico-metodológico, optou-se pelos postulados da Análise do discurso (AD) de linha francesa, em diálogo com as propostas conceituais de Michel Foucault, especialmente o conceito de resistência, para discutir as relações de poder e verdade em torno dos enunciados sobre a abolição e o mandonismo patriarcal, com enfoque nos discursos dos personagens e narradores. Adiciona-se aos conceitos foucaultianos a noção de devir, proposta por Gilles Deleuze e Félix Guattari, uma vez que tratamos a linguagem literária como um campo do saber em que não há limitação de sentidos, pois entendemos o autor como um “entre-lugar” no discurso, que é uma estratégia de análise que nos direciona a percorrer o conjunto de enunciados que se apoiam em um mesmo sistema de formação, portanto formação discursiva. Para este trabalho, as vozes de personagens e/ou narradores de ambos os romances serão essenciais para perceber os regimes de verdade enunciados nos romances, a partir de uma análise do discurso foucaultiana, que se mostra como possibilidade de refletir sobre o sujeito e as malhas do poder que se apresentam na ordem da resistência. Essa discussão sobre o poder é necessária para pensar as formas como o poder subalterno se organiza e quais “verdades” envolvem os dizeres de uma dada época; como os sujeitos se reconhecem nele, pois é na relação entre poder, resistência e verdade que o indivíduo vem a se tornar sujeito. Os romances supracitados foram produzidos sob a égide da escravidão, ambos apresentam temáticas de caráter abolicionista e apontam o papel subalterno da mulher na sociedade. Para o desenvolvimento das análises, o método adotado busca em Michel Foucault um ponto de inflexão entre a arqueologia e a genealogia, portanto método arquegenealógico, ou seja, refletir sobre a questão do poder, em sua “microfísica”, relacionando com a constituição de saberes, a partir da produção de discursos da verdade. Não nos interessa comparar os romances para estabelecer um “dizer verdadeiro” em detrimento de outrem, mas analisar regimes de verdade de obras com temáticas abolicionistas das quais uma é canônica, A Escrava Isaura, e a outra está à margem do cânone, Úrsula, já que a verdade não existe sem o poder.pt_BR
dc.identifier.citationRio, A. C. C. Poder, resistência e verdade nos romances abolicionistas Úrsula, de Maria Firmina dos Reis, e a Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães. 2020. 190 f. Tese ( Doutorado em Letras e Linguística ) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2020.pt_BR
dc.identifier.urihttp://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/11021
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Goiáspt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentFaculdade de Letras - FL (RG)pt_BR
dc.publisher.initialsUFGpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-graduação em Letras e Linguística (FL)pt_BR
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/*
dc.subjectMaria Firmina dos Reispor
dc.subjectBernardo Guimarãespor
dc.subjectMichel Foucaultpor
dc.subjectPoderpor
dc.subjectRomance abolicionistapor
dc.subjectMaria Firmina dos Reisfra
dc.subjectBernardo Guimarãesfra
dc.subjectPuissancefra
dc.subjectRomance abolitionnistefra
dc.subject.cnpqLINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICApt_BR
dc.titlePoder, resistência e verdade nos romances abolicionistas Úrsula, de Maria Firmina dos Reis, e a Escrava Isaura, de Bernardo Guimarãespt_BR
dc.title.alternativePouvoir, résistance et vérité dans les romans abolitionnistes Úrsula, de Maria Firmina dos Reis, et A Slave Isaura, de Bernardo Guimarãesfra
dc.typeTesept_BR

Arquivos

Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
Tese - Ana Carla Carneiro Rio - 2020.pdf
Tamanho:
1.86 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição:
Licença do Pacote
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
license.txt
Tamanho:
1.71 KB
Formato:
Item-specific license agreed upon to submission
Descrição: