Entre conflitos e resistências: usos e atitudes linguísticas de jovens indígenas Akwe-Xerente

dc.contributor.advisor1Braggio, Silvia Lucia Bigonjal
dc.contributor.advisor1Latteshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4788129E5por
dc.contributor.referee1Braggio, Silvia Lucia Bigonjal
dc.contributor.referee2Mello, Heloísa Augusta Brito de
dc.contributor.referee3Silva, Joana Aparecida da
dc.creatorSilva, Julia Izabelle da
dc.creator.Latteshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4464628D7por
dc.date.accessioned2016-09-15T12:45:33Z
dc.date.issued2014-08-21
dc.description.abstractThis study aims to present an analysis about the language uses and language atitudes of indigenous youth from the ethnic group Akwe-Xerente. Especifically, we seek to verify the choices of the younth for the uses of the xerente and Portuguese languages as well as the group’s avaluation about the languages and their uses. In a broader perspective of analysis, we discuss how the Xerente youth has answered to political, economic, cultural and conflicts which are present in their daily lifes, in attempt to diagnose the tendencies for the next generations. In this sense, we aim to verify if the group tends to the displacement and linguistic assimilation or, in the opposite way, they have a tendencie to the cultural and linguistic resistance. The Xerente or Akwe people, as they nominate themself, are located in the region of Tocantínia, a small town in the state of Tocantins. At presente, the group has approximately 3.100 individuals (IBGE, 2010) which are spreaded through the Xerente and Funil territory. According to Rodrigues (2002) the Xerente language may be classified as belonging to the linguistic family Jê (Macro-Jê) and composes, with the Xavante and Xacriabá languages, the Akwe group. For the analysis of the data, we adopted the ethnographic procedures, such as the participant observation, the interview and the field note diary. Throughout the research, we have visited the Xerente and, each time, we have stayed about ten days with them. In the analysis of the results, we considered the Braggio’s studies (1991; 2005; 2009; 2012; 2013) about the sociolinguistic situation of the Xerente and the theoretical concepts about bilingual populations in diglossic situations presented in Fishman (1998), Grosjean (2001), Hamel (1988), Muñoz (2006) and Myers-Scotton (2002). With regard to the group’s linguistic choices, in all the domains considered (family, school, religion and city) we verified that the language choices are made according to the hierarchy of functions, in the sense that, whereas Portuguese is attached to formal funtions, Xerente language is attached to the informal functions. Nevertheless, formal functions that was before attached to Portuguese, such as the context of a classroom or the function of writing has been now attached to the xerente language. This indicates a process of refunctionalisation of such domains in favor to the indigenous language (HAMEL, 1988). With respect to atitudes, the results showed that the youth shares feelings of loyalt nor just to the language but also to the Xerente identity, since this two elements must be, according to the youths’ words, defended and perpetuated. However, the participants recognize that such “moral obligation” (FISHMAN, 1998) has not been made by the Xerente youth, which has increased their choice for the Portuguese language. Such results reveal, therefore, a contradiction in the group discourses and behaviors, which reflects not only the contraditions, but also the conflicts experienced by this youth. Hence, we conclude that, although the Xerente youth shows forms of resistance to linguistic assimiliation, the several conflicts that govern their daily lifes make uncertain the future of the next generation.eng
dc.description.provenanceSubmitted by Marlene Santos (marlene.bc.ufg@gmail.com) on 2016-09-15T12:44:43Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Julia Izabelle da Silva - 2014.pdf: 1842959 bytes, checksum: 8ed9665a9d3dca25b3ef66e81e7a8a89 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)eng
dc.description.provenanceApproved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2016-09-15T12:45:33Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Julia Izabelle da Silva - 2014.pdf: 1842959 bytes, checksum: 8ed9665a9d3dca25b3ef66e81e7a8a89 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)eng
dc.description.provenanceMade available in DSpace on 2016-09-15T12:45:33Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Julia Izabelle da Silva - 2014.pdf: 1842959 bytes, checksum: 8ed9665a9d3dca25b3ef66e81e7a8a89 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2014-08-21eng
dc.description.resumoEste trabalho apresenta uma análise acerca dos usos e das atitudes linguísticas de jovens indígenas pertencentes à etnia Akwẽ-Xerente. Especificamente, busca-se verificar as escolhas dos jovens pelo uso da língua portuguesa e da língua xerente, assim como as avaliações do grupo a respeito dessas línguas e dos seus usos. Em uma perspectiva mais ampla da análise, pretende-se investigar a maneira como os jovens xerente têm respondido aos conflitos - de ordem política, econômica, cultural e identitárias -, com os quais convivem cotidianamente, em uma tentativa de diagnosticar as tendências para as próximas gerações – se o grupo tende ao deslocamento e assimilação linguística ou se, pelo contrário, apresenta uma tendência à resistência linguístico e cultural. Os Xerente ou Akwẽ, como se autodenominam, estão localizados na região do município de Tocantínia, estado do Tocantins. O grupo soma hoje cerca de 3.200 indivíduos (IBGE, 2010) e estão distribuídos em aproximadamente 64 aldeias, dentro das Terras Indígenas Xerente e Funil. Segundo Rodrigues (2002), a língua xerente pode ser classificada como pertencente à família linguística Jê, do tronco linguístico Macro-Jê e compõe, junto com as línguas xavante e xacriabá, o grupo Akwẽ. Para o levantamento dos dados da pesquisa, foram adotados procedimentos etnográficos tais como a observação participante, entrevistas semiestruturadas e anotações de diário de campo. Ao longo da pesquisa, foram realizadas três viagens às aldeias xerente, com duração de dez dias cada uma. A análise dos resultados obtidos foi realizada levando-se em consideração, sobretudo, os estudos de Braggio (1991; 2005; 2009; 2012; 2013) sobre a situação sociolinguística dos Xerente, e os preceitos teóricos apresentados por Fishman (1998), Grosjean (2001), Hamel (1988), Muñoz (2006) e Myers-Scotton (2002) acerca de populações bilíngues em situação de diglossia. No que diz respeito ao comportamento linguístico do grupo, em todos os domínios sociais considerados (família, escola, religião e cidade) verificou-se que a escolha pelo uso das línguas obedecia a uma hierarquização das funções, de forma que, enquanto ao português eram atribuídas funções mais formais, ao xerente eram atribuídas funções de informalidade. Contudo, observou-se que funções antes restritas ao português têm sido ocupadas pelo xerente, tais como a função da escrita e o contexto da sala de aula, indicando um processo de refuncionalização de tais domínios a favor da língua indígena (HAMEL, 1988). Com relação às atitudes, os resultados revelaram que os jovens compartilham de sentimentos de lealdade não só linguística como também identitária para com a língua e identidade de ser xerente, na medida em que esses dois elementos devem, segundo os discursos apresentados pelos jovens, ser defendidas e perpetuadas. No entanto, os próprios participantes reconhecem que tal “dever moral” (FISHMAN, 1998) não tem sido cumprido pelos jovens, que cada vez mais adotam o português. Tais resultados revelam, portanto, uma contradição nos discursos e comportamentos do grupo, a qual reflete as contradições e os conflitos que esses jovens vivenciam. Nesse sentido, conclui-se que, embora os jovens indígenas apresentem formas de resistência à assimilação linguística, os inúmeros conflitos que regem seus cotidianos tornam o futuro das próximas gerações xerente ainda uma incógnita.por
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESpor
dc.formatapplication/pdf*
dc.identifier.citationSILVA, J. I. Entre conflitos e resistências: usos e atitudes linguísticas de jovens indígenas Akwe-Xerente. 2014. 162 f. Dissertação (Mestrado em Letras e Linguística) - Universidade Federal de Goiás,Goiânia, 2014.por
dc.identifier.urihttp://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/6206
dc.languageporpor
dc.publisherUniversidade Federal de Goiáspor
dc.publisher.countryBrasilpor
dc.publisher.departmentFaculdade de Letras - FL (RG)por
dc.publisher.initialsUFGpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-graduação em Letras e Linguística (FL)por
dc.rightsAcesso Abertopor
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
dc.subjectAtitudes linguísticaspor
dc.subjectUsos linguísticospor
dc.subjectResistênciapor
dc.subjectConflitopor
dc.subjectLanguage atitudeseng
dc.subjectLanguage useseng
dc.subjectResistanceeng
dc.subjectConflicteng
dc.subject.cnpqLINGUISTICA, LETRAS E ARTESpor
dc.titleEntre conflitos e resistências: usos e atitudes linguísticas de jovens indígenas Akwe-Xerentepor
dc.title.alternativeBetween conflict and resistance: uses and language attitudes of indigenous youth Akwe-Xerenteeng
dc.typeDissertaçãopor

Arquivos

Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
Dissertação - Julia Izabelle da Silva - 2014.pdf
Tamanho:
1.76 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição:
Licença do Pacote
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
license.txt
Tamanho:
2.11 KB
Formato:
Item-specific license agreed upon to submission
Descrição: