Cadê a água que estava aqui? os leitos secos na memória e na história
Carregando...
Arquivos
Data
2009-07
Autores
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Adriana Vidotte
Resumo
Este artigo refere-se a um estudo de caso, realizado no município goiano de Hidrolândia – GO. Tal estudo discute, desde as perspectivas da História Ambiental e da História Oral, as possibilidades do deslindamento de realidades históricas construídas sobre paisagens que, na atualidade, são vistas como abjetos, devido o estado de degradação em que se encontram. Dito de outro modo, se, por um lado, a historiografia, após o processo de alargamento de suas abordagens temáticas, adotou os grandes e médios rios como importantes fontes de pesquisa; por outro, esqueceu-se de uma colossal malha hidrográfica representada por pequenos cursos d’água – riachos, regatos, ribeirões, sangradouros, entre outros, que, em boa medida, encontra-se atualmente extinta ou agoniza diante de ações predatórias. Com base nisso, a inquietação que conduz nossa investigação é a de saber para onde são mandados os rios que secam. Assim, tentaremos mostrar que esses múltiplos espaços hidráulicos, principalmente aqueles cujos leitos já secaram, participam diretamente da construção de memórias, dado à importância que tiveram na vida de populações, outrora servidas por suas águas, seja na produção de seus domínios socioeconômicos ou na construção dos mapas de mundo ao seu redor. _______________________________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT _______________________________________________________________________________________________________________________ This article refers to a case study, conducted in the city of Goias Hidrolândia. Such study discusses, from the perspective of environmental history and oral history, the possibilites of unraveling the historical realities built on landscapes that today are seen as abject due the current state of degradation. In other words, on the one hand, the historiography after the enlargement of its thematic approaches adopted the medium and large rivers as major sources of research, on the other, forgot a colossal hydraulic mesh represented by small
18 streams that, largely are now extincts or dying in face of predation. From this, the restlessness that drives our research is to know for where are sent the dry rivers. Thus, we will show that these multiples spaces hydraulic, especially those whose beds have dried up, directly involved in the construction of memories, given the importance it had in the lives of people, once served by its water, is in the production of their socio-economic areas, is in the construction of maps of the world around them.
Descrição
v. 14, n.2, p.1-20, jul./dez. 2009.
Palavras-chave
História ambiental, Pequenos cursos d’água, Leitos secos, Memória, Hidrolândia
Citação
ARAÚJO, A. M. de. Cadê a água que estava aqui? os leitos secos na memória e na história. História Revista, Goiânia, GO, v.14, n. 2, jul./dez. 2009. Disponível em:< http://www.revistas.ufg.br/index.php/historia/article/view/9516>.